16 de março de 2016

8º ano / 2016 - AULA 2 "Revolução Industrial"

Por que será que a Inglaterra era um país tão importante, hein? Vamos descobrir?
Tudo começa refletindo sobre a maneira como os seres humanos produziam suas coisas. A forma predominante era o ARTESANATO, você já deve ter ouvido falar: é quando todas as etapas da produção são feitas pela mesma pessoa, e essa pessoa é dona da matéria-prima e das ferramentas (meios de produção), trabalhando, geralmente, em um cômodo de sua própria casa.
Por volta do século XV, com a galera vindo direto da Europa pra América, os produtos europeus passaram a ser mais procurados, e por isso a produção precisou aumentar. Surgiu aí a MANUFATURA, que era quando o negociante reunia os trabalhadores em oficinas, dava a matéria-prima e uma remuneração pelo trabalho realizado, começando já uma divisão nas etapas da produção (cada trabalhador fazia uma parte do trabalho).
Daí para a utilização de máquinas foi um pulo: os negociantes passaram a investir em máquinas que faziam o trabalho dos seres humanos de um jeito melhor e mais rápido, aumentando a produção. As pessoas foram deixando de trabalhar em casa ou em oficinas, e passaram a ir trabalhar onde as máquinas ficavam: nas FÁBRICAS. O dono das máquinas (meios de produção) era também o dono da matéria-prima, o patrão, e pagava um salário para seus funcionários. Foi uma mudança radical, principalmente porque agora as pessoas tinham que se deslocar para trabalhar, e respeitar horários estabelecidos pelo patrão que visava apenas o lucro. Chamamos isso de MAQUINOFATURA.
Todas essas transformações geraram muitas transformações na vida das pessoas, principalmente no que diz respeito a comportamentos como alimentação, relacionamento, qualidade de vida... Esse aumento na produção contribuiu para o desenvolvimento de vários setores: transportes (precisavam transportar mercadorias para vender mais);  comunicação (precisavam anunciar os produtos, fazer propaganda); ciência (precisavam aumentar a produção, e assim inventavam máquinas que faziam o trabalho do ser humano de um jeito mais rápido); entre outras. Diante de tantas transformações, chamamos esse período de Revolução Industrial.
Podemos dizer que a Revolução Industrial teve 3 fases importantes:
1ª) onde: Inglaterra / quando: 1760-1860 / O quê: ferro; tecidos (tear); carvão
2ª) onde: Europa Central e Oriental / quando: 1860-1900 / O quê: aço; transportes e comunicação; energia elétrica e petróleo
3ª) onde: mundo todo / quando: século XX / O quê: informática; genética; internet
E foi na Inglaterra que a primeira sementinha dessa REVOLUÇÃO começou, principalmente por causa de alguns fatores: o dinheiro da pirataria, os cercamentos que expulsaram muitos trabalhadores dos campos para as fábricas, as minas de ferro e carvão, o fim do ANTIGO REGIME, a força do puritanismo a favor do lucro, a Revolução Gloriosa que deu origem ao Parlamento. Por isso que a Inglaterra queria a independência da América: não adiantava nada eles aumentarem a produção e não terem pra quem vender, não é mesmo? Então, com os países independentes, a Inglaterra passou a ser a maior potência do mundo.

Cabe ressaltar que a produção de tecidos de algodão foi o carro chefe do aumento da produção, principalmente porque no início eram produzidos pelos escravos (mão de obra BARATA!). Outro detalhe importante foi o surgimento de 2 novas classes sociais:  a Burguesia Industrial (donos dos meios de produção) e o Operariado (trabalhadores assalariados). Futuramente iremos conversar sobre a relação entre essas duas classes... Até lá!

2016 / 9º ano - AULA 2: "Primeira Guerra Mundial"

É isso aí: guerra! Pena que não foi só um filme...

Como vimos na outra aula, a Europa passava por um momento de grande desenvolvimento capitalista. As pessoas realmente achavam que o modo de vida europeu era o melhor do mundo. Diziam até que eles tinham a responsabilidade de 'civilizar' os outros povos, levando até eles o jeito europeu de viver. Esse período ficou conhecido como Belle Epoque, que em francês significa Bela Época. Porém, nem tudo são flores...

Toda essa paz na verdade era uma máscara para os reais conflitos que existiam entre os países europeus há algum tempo. Imaginem se um império vai ser amigo de outro??? Seguem aí 4 problemas que estavam por baixo dos panos da Belle Epoque:

1. Conflitos imperialistas - Alemanha e Itália estavam crescendo economicamente e incomodando o poder de Inglaterra e França

2. Política de Alianças - para se defender dos concorrentes, os países europeus assinavam acordos de proteção mútua (Tríplice Entente e Tríplice Aliança)

3. Corrida Armamentista - as novas tecnologias faziam com que a produção de armas também aumentasse

4. Nacionalismo - muitos territórios na Europa eram dominados por povos distintos. A Sérvia por exemplo, era dominada pelos turcos. Isso fez com que esses povos dominados se indignassem em busca do fortalecimento de sua nação, gerando novos conflitos.

Essa região da Sérvia abrigava outros territórios, como Bósnia e Kosovo, e era conhecida como Península Balcânica, ou Bálcãs. Todo mundo estava de olho nos Bálcãs por causa da disputa territorial (lembra da aula passada? A galera queria mercado consumidor!). Então os países da Europa passaram a se meter na política dessa região. Era uma confusão só! Em 1914, o herdeiro do trono Austríaco estava na região e foi assassinado por um sérvio, pronto: por causa daquelas alianças (política da pré-escola), cada um tomou as dores de seus aliados e começava a Primeira Guerra Mundial.

Foram muitas batalhas sangrentas, cheias de armas modernas e novas táticas de guerra, como as trincheiras, que mataram milhares de pessoas. Em 1917 os Estados Unidos entraram na Guerra ao lado da França e da Inglaterra, colaborando para que Itália, Alemanha e Áustria se rendessem em 1918, quando a guerra chegou ao fim.

No meio dessa confusão, também em 1917, a Rússia (que estava ao lado da França e Inglaterra) abandonou o conflito. Quer saber por que? Então não perca a Aula 3... Até lá!

6 de março de 2016

2016 / 8º ano - AULA 1 "Iluminismo"

Saudações queridos! Bem vindos ao período mais fascinante e revolucionário da História: vamos nos aventurar pelo século XVIII e XIX...

No final do século XVIII a galera da Europa ainda estava dividida em 3 grupos: clero (pessoal da Igreja), nobreza (pessoal da grana) e os que sobravam eram chamados de camponeses ou 3º Estado. Mas nem toda a galera do 3º Estado era de camponeses. Muitos trabalhavam nas cidades prestando serviços ou fazendo comércio (burgueses). O fato é que esse pessoal era o único grupo social que trabalhava e pagava impostos, ou seja, eles sustentavam os outros dois grupos. E por que então eles não mudavam de grupo? Porque nessa época o grupo a que cada indivíduo pertencia era decidido no nascimento: filho de nobre = nobrezinho, e assim por diante. O curioso é que com o tempo alguns burgueses conseguiam ter tanta grana quanto os nobres, mas continuavam sendo burgueses por causa de sua origem. Já pensou se a moda pega? Se seu pai fosse médico você teria que ser médico... Ah não, né!

Bom, quem governava toda essa galera era o rei, e ele tinha poder absoluto. Por isso chamamos esse período de Absolutismo. As pessoas realmente achavam que o fato de nascerem camponesas ou nobres era algo determinado por Deus, assim como o fato do rei ser rei: era a vontade divina! Esse jeito de organizar a sociedade ficou conhecido como Antigo Regime.

Porém, como vocês estão percebendo, os burgueses não estavam muito contentes com essa situação. Muitos intelectuais e estudiosos da época passaram a questionar: será que a Igreja fala a verdadeira vontade de Deus? Será que Deus é tão injusto a ponto de dar privilégios aos nobres e explorar os camponeses e burgueses? Essas ideias novas eram consideradas perigosas, chegaram a ser censuradas (proibidas), e ficaram conhecidas como Ideias Iluministas, ou Iluminismo ou Ilustração. O século XVIII passou para a História como o século das Luzes, ou seja: o século das novas ideias. Legal, né!

Em alguns lugares da Europa, como na Inglaterra e na França, os reis foram perseguidos e mortos por manifestantes revolucionários que não queriam mais o Absolutismo nem o Antigo Regime. Vamos entender melhor algumas ideias iluministas.

O principal objetivo dos iluministas era fazer com que as pessoas se apaixonassem pelo conhecimento, questionando sua realidade e indo em busca de explicações para ela. Muitos foram os filósofos que refletiram sobre a realidade desse período, vejamos alguns:

Voltaire (1694-1778) - Defendia a liberdade de expressão, criticava o Absolutismo e a intolerância religiosa

Diderot (1713-1784) - Escreveu um resumo de todo conhecimento existente na época. Essa obra ficou conhecida como Enciclopédia, já ouviu falar?

D'Alambert (1717-1783) - Ajudou Diderot com a Enciclopédia

Rousseau (1712-1778) - Também criticava o Absolutismo, achava que o líder (rei ou outro) deveria se submeter à vontade do povo - CONTRATO SOCIAL

Adam Smith (1723-1790) - Criticava a interferência dos reis no comércio. Defendia o Liberalismo, ou seja, a livre concorrência e o livre comércio

Montesquieu (1689-1755) - Criticava o Absolutismo e sugeriu que o poder fosse dividido em 3 partes: Executivo, Legislativo e Judiciário. Vocês acreditam que até hoje usamos isso?

Preocupados com essas novas ideias, alguns reis resolveram se modernizar para não perder o poder. Esses reis ficaram conhecidos como Déspotas Esclarecidos. (Déspota = ditador, líder). Mas como modernizar o Antigo Regime? Claro que eles não queriam perder o poder, então, passaram a estimular o povo a aprender coisas novas. Surgiram aí as primeiras escolas.

Outra ação dos déspotas europeus foi melhorar o comércio com suas colônias na América, a fim de obter mais lucro, dando a falsa ideia de enriquecimento. Falsa porque os lucros ficavam sempre entre os nobres e não entre os reais comerciantes. Essas intervenções deixaram as pessoas que moravam aqui na América indignadas. Mas esse é um assunto pra outra aula... Respira fundo e senta que lá vem História!



2016 / 9º ano - AULA 1: "Imperialismo"

E aí galera, preparados para um super ano letivo cheio de babados fortíssimos?

Então, a gente vai começar falando sobre o fim do século XIX, quando o mundo passava por um momento que ficou conhecido como 2ª Revolução Industrial. Lembrando que indústria é quando eu consigo produzir as coisas de um jeito mais rápido, para poder produzir mais, e assim vender mais, sempre com o objetivo de obter lucro. Com essa preocupação, os países da Europa precisavam cada vez mais de matéria-prima para sua produção crescente, e principalmente: MERCADO CONSUMIDOR. Qual a melhor forma de fazer o comerciante falir? Parando de comprar seus produtos. Sendo assim, os países europeus passaram a disputar lugares que pudessem comprar seus produtos e ainda lhes fornecer matéria-prima para continuar produzindo.Só um detalhe: apesar de não estar na Europa, os Estados Unidos também se industrializaram e também entraram na disputa por mercados consumidores, ok?

Essa produção em busca de lucro é uma super característica do que chamamos de Sistema Capitalista. Esse sistema teve várias fases ao longo da história, mas nesse momento nos interessam apenas 2: a do capitalismo industrial - quando a própria produção se sustentava, e o capitalismo financeiro - quando a produção passou a ser sustentada por investimentos externos (como bancos por exemplo). Claro que com toda essa disputa, algumas medidas não muito honestas foram tomadas pelos grandes empresários: TRUSTE - fusão de 2 empresas do mesmo ramo; CARTEL - acordo entre empresas para combater concorrentes; HOLDING - compra de ações de várias empresas por uma outra que passa a comandar o setor.

Toda essa concorrência favoreceu o desenvolvimento de novas tecnologias, em busca de aprimorar e aumentar a produção. Foi nesse período que surgiram as estradas de ferro, os automóveis e o telefone. Mas de que adianta produzir tanto e não ter pra quem vender? Para resolver esse problema, os países europeus dividiram as terras do planeta entre si, passando a controlar esses lugares (nem sempre de forma amigável) a fim de garantir seus lucros. Por isso chamamos esse período de Imperialismo ou Neocolonialismo: lembrem-se que a função do império é sempre expandir; lembrem-se também que colônia é um lugar que depende de outro para sobreviver. Os lugares 'invadidos' nesse período pelos países imperialistas e colonizadores europeus ficavam dependentes e muitas vezes endividados, sendo obrigados a cumprir medidas que só traziam benefícios para a galera da Europa.

É isso aí minha gente, todos foram felizes para sempre... Mentira!!!! Na próxima aula veremos que alguns países europeus não ficaram contentes com essa 'partilha colonial', e por causa disso vão entrar numa guerra perigosa e cruel. Até lá!