Oi pessoal, mas um pouquinho de História do Brasil,
bora lá?
Com o fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945, o
mundo estava de olho nos ditadores – depois de Hitler, né, é melhor ter
cuidado! E no Brasil não foi diferente: Getúlio Vargas estava no poder desde
1930 e, diante de toda essa situação mundial que deu força à oposição no Brasil,
foi deposto.
Nessa época havia 2 projetos políticos no Brasil: o
Nacional-Estatismo, defendido por Getúlio Vargas, e o Liberalismo-Conservador,
defendido por Carlos Lacerda. Esses dois projetos de distribuíam em 3 partidos
políticos: os getulistas PTB – Partido Trabalhista Brasileiro, e PSD – Partido Social
Democrático; a oposição era feita pela UDN – União Democrática Nacional.
Nas eleições de 1945 venceu o general Eurico Gaspar
Dutra, que apesar de defender a coligação getulista, adotou o liberalismo no
início do governo, facilitando a livre importação de mercadorias. Foi uma bela
aproximação dos Estados Unidos em plena Guerra Fria, e um gás na economia que
voltou a crescer depois que toda essa importação voltou ao controle do governo
brasileiro.
Nas eleições de 1950, avinhem: ele, Getúlio Vargas,
é eleito! Com o foco na nacionalização da indústria, investiu forte na
indústria de base – aquela que fabrica matéria-prima para as outras indústrias,
e radicalizou aumentando até o salário mínimo criado por ele no governo
anterior. Além disso, investiu no Conselho Nacional de Petróleo, incentivando a
exploração e o refino por uma indústria brasileira – nascia a Petrobrás.
Mas tantas atitudes populistas fizeram com que a
oposição ficasse cada vez mais dura. Diante da pressão e das manifestações
contrárias ao seu governo, em 04 de agosto de 1954 Getúlio Vargas suicida.
No ano seguinte, 1955, Juscelino Kubitscheck, também
de um partido getulista, foi eleito para a presidência do Brasil. Em seu
governo lançou o Plano de Metas, prevendo investimento em 5 grandes áreas:
energia, transporte, indústria, alimentação e educação. Todo esse investimento
tinha por objetivo ‘modernizar’ o país nos padrões estadunidenses – lembrando que
estávamos em plena Guerra Fria – substituiu as ferrovias por rodovias,
incentivou as indústrias automobilísticas e de bens de consumo, e construiu uma
nova cidade para sediar a capital do Brasil: Brasília.
Nas eleições de 1960 foi eleito Jânio Quadros, que
pretendia varrer a corrupção e se alinhar à União Soviética – claro que ele foi
acusado de comunista pela oposição! Ficou conhecido por tomar decisões não
muito ligadas à função do presidente – tipo proibir o biquíni nas praias, mas o
fato mais interessante foi sua renúncia: logo no início do mandato ele escreveu
uma carta e surpreendeu a todos desistindo do cargo. Fofocas da História dizem
que ele não tinha apoio pra governar e na verdade a renúncia deveria ser
seguida de uma manifestação popular exigindo sua permanência, o que lhe daria
mais poder. Não foi o que aconteceu: em 1961 o vice João Goulart assumiu a
presidência.
João Goulart teve atitudes inda mais ‘comunistas’
que Jânio: propôs reformas em áreas consideradas básicas, tipo educação,
tributação, eleição, reforma agrária, etc... Os trabalhadores rurais super
apoiavam e até se organizaram nas Ligas Camponesas. Mas a oposição ficou
inconformada: várias manifestações, inclusive com apoio da Igreja Católica,
atacavam João Goulart o tratando de comunista e até de anarquista.
Os militares se uniram à oposição, e em 31 de março
de 1964 deram um Golpe de Estado: começava um dos períodos mais tristes da
nossa História, a Ditadura Militar. Vamos ver como foi? Aguarde as próximas
aulas...