27 de fevereiro de 2012

8º ano - AULA 2: "Colonização e Independência da América Inglesa"

E aí, minha gente! Espero que estejam curtindo o blog... Vamos encarar as revoluções?

Vamos começar falando da América Inglesa, alguém sabe que lugar é esse? No ano passado você deve ter estudado o período em que um pessoal saiu da Europa em direção à América em busca de riquezas e da ampliação do comércio. Por isso essas medidas ficaram conhecidas como Mercantilismo. Bom, muita gente saiu da Europa: Portugueses, Espanhóis, Franceses, Ingleses... Cada um desses caras veio pra um lugar diferente da América. Mas como saber pra cada um veio? É só reparar no idioma: no Brasil, por exemplo, nós falamos português, o que quer dizer que fomos colonizados por portugueses; nos Estados Unidos fala-se o inglês, podemos concluir que eles foram colonizados pelos ingleses. Por isso chamamos essa parte da América de América Inglesa. Resumindo: nesta aula vamos conversar sobre a colonização e independência dos Estados Unidos!

A Inglaterra não era muito rigorosa com suas colônias americanas, até porque muitos ingleses saíram da Europa fugidos, em busca de uma vida melhor. Esse pessoal não queria voltar para a Inglaterra, o tornava a situação complicada: eles não queriam explorar e sim povoar o continente amricano.

Em 1756 aconteceu uma guerra entre a França e a Inglaterra por causa de territórios na América (Estados Unidos). Apesar de ter vencido, a Inglaterra ficou muito endividada, e acabou aumentando os impostos cobrados dos colonos americanos para tentar sair do vermelho. Resultados: a galera que morava aqui na América ficou indignada e começou a reclamar. No começo as reclamações eram formais: cartas, ofícios, manifestações por escrito... Mas a Inglaterra não queria nem saber de negociar com os colonos.

Começaram, então, algumas manifestações mais diretas. Exemplo disso foi o episódio conhecido como "A Festa do Chá de Boston", quando colonos revoltados com as medidas tomadas em relação ao comércio de chá, se disfarçaram de índios e jogaram todo o carregamento de chá dos navios ingleses no mar. Aí o bicho pegou!

A Inglaterra não podia deixar barato, e implantou medidas ainda piores, inclusive colocando o exército inglês na colônia. Não deu outra: no dia 04 de julho de 1776 os colonos escrevam e aprovaram sua Declaração de Independência. Depois de uma guerra violenta (assista o filme 'O Patriota', que mostra esse conflito), a Inglaterra reconheceu a independência e nascia um país chamado Estados Unidos da América.

Na próxima aula veremos como o pessoal do resto da América conseguiu se livrar da exploração do europeus, até lá!

8º ano - AULA 4: "Revolução Inglesa e Revolução Industrial

Uhuuullll, última aula do bimestre galera!!!

Vamos ver agora porque a Inglaterra perdeu os Estados Unidos e passou a colaborar para a independência de alguns países da América. Preparados?

Senta que lá vem História: no final do século XV, a Inglaterra passou por uma guerra (Guerra das Duas Rosas) entre 2 famílias (Lancaster e York) que disputavam o trono. Por isso, o absolutismo inglês teve início com o rei Henrique VII, que tinha laços de parentesco com as duas famílias e recebeu apoio da burguesia. Ele foi o fundador da Dinastia TUDOR. Lembrando: dinastia é quando uma família fica no poder por muito tempo, tipo assim: o filho assume quando o pai morre, sabe?

Então, no reinado de Elizabeth I (1558-1603) o país se desenvolveu muito, principalmente por causa do incentivo à expansão colonial inglesa (inclusive à pirataria). Mas com sua morte, não houve descendentes diretos, e seu primo, Jaime I (que era rei da Escócia) se tornou rei, dando início à dinastia dos STUART.

Ao perceber que o absolutismo não interessava mais, a burguesia e a nobreza rural (gentry) passaram a reclamar. A Inglaterra no século XVII era uma monarquia absolutista - tinha um rei com poder absoluto, mas possuía um parlamento - grupo de políticos que representavam a sociedade. Ou seja: o rei não podia tomar decisões sozinho como na França (veremos a situação da França no 2º bimestre).

O Parlamento era composto por:

- Câmara dos Lordes = clero + nobreza - > que detinham o poder político

- Câmara dos Comuns = nobreza rural (gentry) + pequenos e médios proprietários rurais (yomen) + burguesia – > que detinham o poder econômico

Só quem possuía propriedades poderia fazer parte do parlamento, ou seja: a maior parte da população (camponeses e trabalhadores urbanos) não poderia influenciar nas decisões.

Apesar do Parlamento, o rei tinha bastante poder: ele poderia convocar o parlamento quando quisesse, e também comandava a Igreja Anglicana (lembra da reforma?) e as decisões militares.

Em 1628 os parlamentares aprovaram a PETIÇÃO DE DIREITOS, um documento que não deixava o rei fazer o que quisesse, como cobrar mais impostos por exemplo. Claro que o rei, Carlos I, não concordou e dissolveu o Parlamento, passando a governar com um Conselho Privado, que perseguia os opositores (que acabaram fugindo para a América).

Em 1640, Carlos I foi obrigado a convocar o Parlamento por causa de uma revolta na Escócia (que era dominada pela Inglaterra na época). O Parlamento aproveitou a situação para aprovar uma lei que proibia o rei de dissolver o parlamento. Esses acontecimentos acabaram desencadeando a revolução.

A Revolução Inglesa pode ser dividida em 4 fases:

1ª FASE – Guerra Civil (1642-1648)

Irritado com a oposição parlamentar, Carlos I mandou sua guarda invadir a sede do parlamento e prender seus principais líderes. A galera organizou tropas para lutar contra as forças do rei. Teve início, então, a guerra civil (quando pessoas do mesmo país estão em conflito). De um lado estava o rei, a nobreza e o clero. Do outro estava a burguesia, aquea galera da Câmara dos Comuns, e é claro: os camponeses. Esse pessoal era liderado por um cara chamado Oliver Cromwel, que organizou o New Model Army (Novo Modelo de Exército): quem quisesse participar do exército podia, na boa. Ele acabou com aquele neócio de ter que ser bem nascido e não sei mais o quê. Claro que os combatentes ficaram se achando, e apoiavam ainda mais o cara.

E vocês acreditam que esse pessoal conseguiu vencer as tropas do rei? Pois é, o rei Carlos I foi preso e condenado à morte, sendo decapitado em 30 de janeiro de 1649.

2ª FASE – Regime republicano (1649-1659)

Após esmagar as oposições, Oliver Cromwell instalou na Inglaterra o regime republicano, comandando o país de 1649 a 1658. A república ditatorial de Cromwell ficou conhecida como protetorado (de proteger mesmo).

Segue aí o que esse cara fez:

• Formação da Comunidade Britânica (1651) – Inglaterra, Irlanda, Escócia e País de Gales foram unificados numa só república (chamada de Comunidade Britânica), sob o comando de Cromwell;

• Decreto do Ato de Navegação (1651) – Por esse decreto, Cromwell determinou que todas as mercadorias importadas ou exportadas pela Inglaterra deveriam ser transportadas por navios ingleses. Seu objetivo era favorecer o desenvolvimento da marinha inglesa e dominar o transporte marítimo mundial;

• Guerra contra os holandeses (1652-1654) – O Ato de Navegação acarretou muito prejuízos aos holandeses, que obtinham grande lucro com o transporte marítimo de produtos coloniais para a Inglaterra. Os holandeses declararam guerra contra os ingleses, mas foram derrotados. A Inglaterra tornou-se, então, a maior potência naval do mundo;

• Estabelecimento do título de Lorde Protetor (1653) – Oliver Cromwell assumiu o título de Lorde Protetor da Comunidade Britânica. Seu cargo tornou-se vitalício (até ele morrer) e hereditário (que passa de pai pra filho).

Após a morte de Cromwell (1658), seu filho, Ricardo, assumiu o poder, dando continuidade ao governo republicano.

3ª FASE – Restauração Monárquica (1660-1688)

Após a morte de Oliver Cromwell, seu filho Ricardo assumiu o poder. Mas Ricardo não tinha a mesma habilidade política e administrativa de seu pai. Manteve-se no poder por apenas oito meses, sendo deposto pelos principais chefes militares.

A agitação política voltou a tomar conta do país. O parlamento decidiu, então, restaurar a dinastia dos Stuart, convidando Carlos II para assumir o trono britânico. O rei, entretanto, deveria governar sob o domínio político do parlamento.

O período da restauração monárquica dos Stuart estendeu-se pelos reinados de Carlos II (1660-1685) e de seu irmão Jaime II (1685-1688). Mas o Jaime II era fogo: tentou restabelecer o absolutismo, vocês acreditam? Queria mandar sozinho! Com isso, novos conflitos surgiram...

4ª FASE – Revolução Gloriosa (1688-1689)

Com medo da volta do absolutismo, a maioria do parlamento decidiu tirar o poder do rei Jaime II. Para isso, estabeleceu um acordo com o príncipe holandês Guilherme de Orange (casado com Maria Stuart, filha de Jaime II), que assumiria o trono inglês com a condição de que respeitasse os poderes do parlamento.

A luta entre as forças de Guilherme de Orange e as tropas de Jaime II ficou conhecida como Revolução Gloriosa (1688-1689), quem ganhou foi o Orange.

Com o título de Guilherme III, Orange assumiu o trono britânico. Teve que assinar a Declaração de Direitos, e não poderia governar sozinho. Após a Revolução Gloriosa, instalou-se a monarquia parlamentar na Inglaterra. Resumindo: na Inglaterra “o rei reina mas não governa”.

Despois de tanta confusão, a Inglaterra começou a organizar suas economias. Tinha gastado uma grana com esse monte de guerra e precisava recuperar o prejuízo. Para isso, começou a investir no comércio. E o que um comerciante precisa para lucrar? Vender mais! E como vender mais? Fabricando mais! As pessoas começaram, então, a pensar em alternativas para conseguir produzir mais. Essas alternativas ficaram conhecidas como REVOLUÇÃO INDUSTRIAL.

Por exemplo: eles perceberam que dava pra fabricar um alfinete muito mais rápido se cada um fizesse sua parte. Um só afiasse a ponta, outro só embruhasse, e assim por diante. As pessoas começaram a se encontrar para fabricar (porque antes cada um fabricava na sua casa). Esse lugares onde eles se encontravam para fabricar passaram a ser chamados de FÁBRICAS.

O problema é que os donos das fábricas querim cada vez mais lucros. E os trabalhadores estavam sendo muito explorados por causa disso. Começou, então, um conflito entre os empresários (donos das fábricas) e os operários (trabalhadores das fábricas). Um filme que mostra isso chama-se "Os Miseráveis", quem puder assiste aí...

Apesar dessa exploração, muitas coisas se desenvolveram pra mlhor.

- Transportes: precisavam vender mais e pra isso tinham que entregar as mercadorias

- Comunicação: precisavam anunciar os produtos, fazer propaganda

- Invenções: precisavam aumentar a produção, e assim inventavam máquinas que faziam o trabalho do ser humano de um jeito mais rápido

Podemos dizer que a Revolução Industrial teve 3 fases importantes:

1ª) onde: Inglaterra / quando: 1760-1860 / O quê: ferro; tecidos (tear); carvão

2ª) onde: Europa Central e Oriental / quando: 1860-1900 / O quê: aço; transportes e comunicação; energia elétrica e petróleo

3ª) onde: mundo todo / quando: século XX / O quê: informática; genética; internet

Demais, né! Por isso que a Inglaterra queria a independência da América: não adiantava nada eles aumentarem a produção e não terem pra quem vender, não é mesmo? Então, com os países independentes, a Inglaterra passou a ser a maior potência do mundo. Quem não ficou muito contente com isso foi a França, mas isso é uma outra história que nós vamos estudar no 2º bimestre. Espero vocês!!!

22 de fevereiro de 2012

6º ano - AULA 4: "Registros Escritos"

E aí, minha gente: última aula do bimestre hein...

Como vimos na aula passada, a necessidade de organização fez com que a escrita se desenvolvesse por volta do ano 4.000 a.C., mas é claro que antigamente a escrita não era como hoje.

Pra começo de conversa, escrita não significa alfabeto e sim representar idéias por sinais. Isso quer dizer que esses sinais não precisam ser letras. Eles podem ser desenhos ou símbolos, desde que tenham algum significado. Olha como as palavras se parecem: símbolo, signo, sinal, significado... Tudo quer dizer representação, ou seja, apresentar algo novamente e de um jeito novo. O jeito novo nesse caso é a escrita, porque antes a comunicação só se fazia ela fala.

Além da diferença em relação aos símbolos, no princípio a escrita não era feita em papel, como hoje. Até porque, esse papel que usamos hoje é uma invenção recente. Mas eles escreviam sobre o que então? Isso variava de acordo com o povo e com o lugar onde viviam. Seguem alguns exemplos: seda, bambu, cascas de árvore, algodão, folhas, tábuas de barro, peles de animais e até ossos.

Esses materiais são chamados de Suportes da Escrita, porque servem se superfície para os registros. Entre esses suportes, os mais famosos foram o papiro e o pergaminho. O Papiro era feito de tiras cortadas das hastes de uma planta aquática. Já o Pergaminho era a pele de um animal, como o cordeiro.

Com o tempo, a escrita começou a ser usada por muitas pessoas, e começou a ficar dificil explicar os símbolos o tempo todo. Por isso algumas regiões começaram a usar os mesmos símbolos para não se confundir. Surgia o alfabeto. Se você reparar, o alfabeto é um conjunto de símbolos, e quando você lê ou escreve é como se fosse estivesse decifrando um código. O ser humano é muito criativo, não mesmo?

Mas atenção: muito antes da escrita os seres humanos já registravam sua história. Porém esses registros não serviam para uma organização, e sim para mostrar algo do cotidiano. Podemos chamar isso de arte: toda vez que demonstramos o que pensamos ou o que sentimos através de desenhos, músicas ou gestos chamamos isso de manifestação artística.

No próximo bimestre conversaremos sobre as primeiras civilizações da humanidade: como viviam, como se organizavam, e o que existe nos dias de hoje que foi inventado por elas. Espero vocês!

21 de fevereiro de 2012

6º ano - AULA 3: "Pré-História: África e América"

E aí galera, agora sim: vamos mergulhar em uma viagem ao tempo e ver como os primeiros seres humanos surgiram, se espalharam pelo mundo e viveram no início da nossa História. Parece divertido, não?

Vamos começar com um assunto polêmico: o surgimento do mundo e do homem. Independente da sua religião, é importante que você tente entender as várias teorias sobre esse assunto, ok? Lembrando que teoria é quando a gente tenta explicar algo que não viveu, ou seja, não somos testemunhas daquilo mas estudamos e por causa desses estudos consideramos que sabemos o que aconteceu (o que não significa que aconteceu de verdade - confuso não?).

Bom, existem 2 grandes teorias sobre o surgimento do mundo e do homem: o Criacionismo e o Evolucionismo. A palavra Criacionismo vem de criação, isso porque nessa teoria acredita-se que o mundo e o homem foram criados por Deus (aliás essa história é contada em um livro muito famoso chamado Bíblia - vamos falar sobre ele no próximo bimestre). Já o Evolucionismo acredita que o mundo e todos os seres vivos passaram por transformações ao longo do tempo (evolução), até chegarem na forma que conhecemos hoje. Vamos trabalhar em cima dessa teoria, tudo bem?

De acordo com essa teoria, todos os seres vivos tiveram uma origem parecida. Depois foram se agrupando de acordo com suas características físicas. O grupo dos seres humanos é chamado de PRIMATAS, e surgiu na África há cerca de 70 milhões de anos atrás. Desse grupo surgiram vários outros mamíferos, como os macacos, por exemplo. ATENÇÃO: Isso não significa que o homem veio do macaco, e sim que tanto nós como os macacos tivemos a mesma origem. Claro que os primeiros seres humanos não eram como nós. Eles tinham muitas características diferentes, por isso chamamos esses grupos de hominídeos. Com o passar do tempo, os hominídeos foram se desenvolvendo até chegar em algo parecido com o que somos hoje. Cada fase de desenvolvimento recebeu um nome de acordo com as habilidades que fomos adquirindo. Dá uma olhada:

Australopithecus (3,5 milhões de anos) - andavam eretos, sobre os dois pés

Homo habilis (2 milhões de anos) - habilidade de fabricar ferramentas simples de pedra

Homo erectus (1,8 milhão de anos) - mais hábeis, foram provavelmente os primeiros a migrar da África para outros lugares do mundo

Homo neanderthalensis (200 mil anos) - caçador, habitava diferentes regiões do mundo

Homo sapiens sapiens (150 mil anos) - além de caçar e coletar comida, tomou consciência das habilidades que tinha. Essa foi a única espécie que sobreviveu e se desenvolveu: somos nós!

Apesar de não ser muito certo, o período em que o ser humano ainda não registrava o que acontecia com ele é chamado de Pré-História. O correto seria dizer Pré-Escrita, porque não precisa estar escrito para ser história. Esse período é dividido em várias partes, de acordo com as conquistas que o Homo Sapiens ia tendo. Essas partes são chamadas períodos, e nós vamos estudar os 3 principais: Paleolítico, Neolítico e Idade dos Metais.

O Paleolítico também é conhecido como Período da Pedra Lascada, porque os seres humanos lascavam as pedras para utilizá-las como ferramentas (cortar alimento por exemplo). Nesse período, o homem apenas caçava e coletava. Quando a caça e os frutos acabavam, eles mudavam de lugar. Chamamos de isso de NÔMADE: quando não se tem moradia fixa.

O Neolítico veio depois de uns 40 mil anos. Também conhecido como Período da Pedra Polida, nesse momento o ser humano já sabia que além de lascar, era importante poliar a pedra, para que ficasse mais afiada e funcionasse melhor. Além disso, a partir da observação da natureza, o homem percebeu que as sementes davam origem aos frutos. Começou então a plantar, isso permitiu que ele deixasse de ser nômade, pois agora ele podia controlar a produção de alimentos, não é o máximo?

Há menos de 5 mil anos, o homem percebeu que além da pedra, poderia usar outros materiais como ferramenta, como o ferro e o bronze. Esse período é chamado de Idade dos Metais.

Depois de todo esse desenvolvimento surgiram as primeiras cidades - concentração de grupos de seres humanos que vivem organizados como uma sociedade. Nas cidades o trabalho passou a ser dividido entre homens e mulheres, e principalmente: entre quem tinha mais habilidades com determinadas funções. Com toda essa organização, começaram a surgir os primeiros líderes, e claro, as primeiras grandes guerras. Mas isso é assunto para o 2º bimestre.

Voltando aqui: em que lugar do mundo tudo isso estava acontecendo? A princípio na África e na América. Sabemos que o ser humano surgiu na África, então como veio parar aqui? Existem várias teorias, e as principais acreditam que foi através de regiões congeladas ao norte, ou através de embarcações marítimas a leste. Claro que essa viagem não aconteceu do dia pra noite, mas o fato é que na América temos registros quase tão antigos quanto na África. Observe o mapa: as setas vermelhas indicam os caminhos que o ser humanos pode ter percorrido:





Bom, depois do surgimento das cidades, a necessidade de se organizar era tão grande, que o ser humano passou a registrar o que acontecia com ele para visualizar melhor seu cotidiano. Esse registro nós chamamos hoje de escrita, e é o nosso último assunto do bimestre: vamos embarcar na AULA 4?





6º ano - AULA 2: "Fontes Históricas"

Oi pessoal!

Na aula passada vimos que nosso grande tesouro é o tempo. Nesta aula aprenderemos a decifrá-lo, pois só assim desvendaremos os mistérios da humanidade. Vamos nessa?

A primeira coisa que precisamos para decifrar o tempo é a curiosidade. Precisamos QUERER decifrá-lo e para isso é importante perguntar sobre tudo a todos. Claro que só descobriremos aquilo que alguém já viveu ou já descobriu, ou seja, o PASSADO. Por isso estudamos História: através da História estudamos o que já aconteceu, e então conseguimos entender o que está acontecendo agora. Só então poderemos descobrir, sem ter certeza, o que irá acontecer no futuro.

Para entender o passado precisamos de algo que nos mostre o que aconteceu. Não dá pra sair adivinhando as coisas por aí. Esse 'algo' é chamado de VESTÍGIO, ou seja, alguma marca ou lembrança do que já aconteceu. Quando o vestígio é estudado pelo historiador (aquele que escreve a história), a gente chama de Fonte Histórica. Lemrando: fonte é aquilo que dá origem a alguma coisa. Por exemplo: fonte de um rio é aquela água que brota da terra dando origem aos canais de água que chamamos de rio. Existem vários tipos de fonte:

fonte escrita - cartas, jornais, livros

fonte material - objetos, cerâmicas, móveis, roupas

fonte oral - entrevistas, depoimentos

fonte visual - pinturas, fotografias

fonte audiovisual e musical - filmes, músicas

Claro que os historiadores são seres humanos, e por isso são diferentes. Às vezes a mesma fonte histórica pode ser estudada de uma forma diferente por cada historiador. Estão vendo como é importante ser curioso? A curiosidade faz com que, ao longo o tempo, novos historiadores descubram novos estudos sobre as fontes já existentes, e quando não contentes, procuram e descobrem novas fontes. História é uma aventura mesmo, não é!

Para ajudar em seu trabalho, os historiadores procuram a ajuda de outros profissionais. Por exemplo: às vezes ele procura um geógrafo para entender melhor um lugar que vai estudar. Assim ele aprende cada vez mais, e descobre cada vez mais mistérios da História.

Na próxima aula estudaremos como os primeiros seres humanos surgiram no mundo, e entenderemos melhor como eles viviam. Estão curiosos? Eu também...

6º ano - AULA 1: "Percepção do tempo"

E aí, minha gente: bem-vindos ao Mundo Fantástico da História da Humanidade! Um lugar imaginário cheio de maravilhas que se misturam com a nossa vida real, e nos transforma em heróis, vilões e principalmente: em investigadores do passado, do presente e do futuro. Preparados para essa aventura, detetives?

Vamos começar falando de um dos elementos mais preciosos para o ser humano, na verdade é a chave para descobrir muitos mistérios: o TEMPO.

É incrível como o tempo pode ser visto de formas tão diferentes. Por exemplo: quando estamos assistindo o jornal com nossos pais parece que o tempo não passa; mas quando estamos brincando com nossos amigos parece que o tempo voa. Por que será?

Na verdade, essa pergunta não tem uma resposta correta e sim várias respostas. O fato é que para não criar confusão, a gente organiza o tempo em vários pedacinhos para conseguir viver em sociedade, ou seja, em grupo. Esses pedacinhos são as horas, os dias, os meses, os anos, os séculos... Assista o vídeo para entender melhor algumas dessas divisões: http://www.youtube.com/watch?v=QrRDgr7rs74&feature=fvsr. Mas atenção: cada povo mede o tempo do jeito que acha melhor e de acordo com suas necessidades, afinal, somos todos muito diferentes uns dos outros. E vários instrumentos nos ajudam a medir o tempo, como o calendário, o relógio, a ampulheta...

É incrível também como o tempo comanda tudo o que fazemos. É através dele que sabemos quando é melhor plantar, quando é melhor caçar, quando é melhor descansar...

Agora vem a parte chata: como vivemos em uma sociedade, precisamos marcar o tempo de acordo com o que o grupo em que vivemos acha melhor. Por exemplo, o século. O século é um conjunto de 100 anos. Momento da Matemática agora: nós já estamos no ano 2012. Quantas vezes o número 100 cabe dentro de 2012? Vinte vezes e meia, porque não é uma conta exata não é mesmo? Então dizemos que estamos no século 21.

Para facilitar, tem uma conta bem mais simples: para saber o século de cada ano é só olhar a primeira dezena do ano. Exemplo: 1900. A primeira dezena é 19. Se o ano terminar em 00, o século corresponde à primeira dezena, ou seja 19. Mas se o ano for incompleto, por exemplo 1985, o século corresponde à primeira dezena mais 1. Então temos: 19 + 1 = 20. Portanto o ano de 1985 pertence ao século 20. Vamos fazer uns exercícios para treinar isso, ok?

Para finalizar, os séculos são representados por números romanos (aqueles que mais parecem letras do que números). Então vamos às letras mais usadas: letra I = número 1; letra V = número 5; letra X =  número 10.

Se você não tiver entendido, deixe um comntário com a sua dúvida, ok?

Na próxima aula aprenderemos formas de descobrir vestígios (marcas/lembranças) do que aconteceu no tempo que já passou. Até lá!

18 de fevereiro de 2012

9º ano - AULA 4: "República no Brasil"

Vamos nessa galera: última aula do bimestre!

Como vocês bem lembram, no fim do século XIX o Brasil era governado por D. Pedro II, ou seja: éramos um império. Durante seu governo o Brasil cresceu bastante, principalmente por causa das plantações e exportações do café. Quem trabalhava nessas plantações eram o escravos descendentes de africanos (de várias regiões da África). Mas depois de 4 séculos de escravidão, essa exploração passou a ser questionada, não só por 'dó' dos escravos, mas principalmente porque os países industrializados, como a Inglaterra por exemplo, precisavam de mercado consumidor. Como escravo não tem salário, ele não podia consumir, então deixou de trazer benefícios. No ano passado você estudou algumas leis que contribuíram para que, aos poucos, a escravidão acabasse no Brasil: Lei Eusébio de Queiroz, Lei do Ventre Livre, entre outras. Com a Guerra contra o Paraguai (1864-1870), muitos escravos foram libertados para participar dos combates, mesmo assim as elites brasileiras não queriam a escravidão acabasse. Aos poucos o trabalho escravo foi sendo substituído pelo trabalho de imigrantes vindos da Europa (lembrando que a Europa passava por crises e guerras nesse período). Finalmente em 1888 a escravidão foi abolida de uma vez por todas. Mas isso não resolveu o problemas dos escravos, que ficaram excluídos da sociedade, alguns até sem trabalho.

Pior que a situação dos escravos era a situação de D. Pedro II: as elites estavam indignadas com a abolição, o exército indignado com a Guerra do Paraguai que só troxe gastos e nenhuma recompensa (para lembrar da Guerra do Paraguai assista o vídeo http://www.youtube.com/watch?v=oo-yGXEnjKg), além de tudo isso, a Igreja Católica (na época única do Brasil e influente na política) também estava insatisfeita com o envolvimento do imperador e lojas de maçonaria. E agora?

Em 15 de novembro de 1889 (um ano após a abolição) o Marechal Deodoro da Fonseca deu um golpe de Estado e assumiu o poder: o Brasil se tornava um aRepública e D. Pedro II foi obrigado a embarcar para Portugal.

Até hoje somos uma República, mas assim como em ouros assuntos de História, podemos dividir em vários pedacinhos para estudarmos melhor. O primeiro pedacinho ficou conhecido como República da Espada (1889-1894), porque nessa fase o Brasil foi governado por membros do exército. Depois de muitas mudanças nas leis brasileiras (Constituição nova e tudo!), houve a primeira eleição de um cidadão 'sem farda', em 1894: Prudente de Moraes, cafeicultor (elite), que governou até 1898. Começa, então, o período chamado República das Oligarquias (1894-1930), popularmente conhecido como República Café-com-Leite. Recebeu esse nome porque todos os presidentes estavam ligados às elites produtoras de café (em São Paulo) e produtoras de lei (em Minas Gerais). Segue a lista de presidentes até aqui:

1889 - 1891 - Marechal Manuel Deodoro da Fonseca ( Marechal Deodoro da Fonseca)
1891 - 1894 - Marechal Floriano Vieira Peixoto ( Marechal Floriano Peixoto )
1894 - 1898 - Prudente José de Morais Barros ( Prudente de Morais )
1898 - 1902 - Manuel Ferraz de Campos Sales ( Campos Sales )
1902 - 1906 - Francisco de Paula Rodrigues Alves ( Rodrigues Alves )
1906 - 1909 - Afonso Augusto Moreira Penna ( Afonso Penna )
1909 - 1910 - Nilo Peçanha ( Nilo Peçanha )
1910 - 1914 - Marechal Hermes Rodrigues da Fonseca ( Marechal Hermes da Fonseca )
1914 - 1918 - Wenceslau Brás Pereira Gomes ( Wenceslau Brás )
1918 - 1919 - Delfim Moreira da Costa Ribeiro (Delfim Moreira )
1919 - 1922 - Epitácio da Silva Pessoa (Epitácio Pessoa )
1922 - 1926 - Authur da Silva Bernardes (Arthur Bernardes )
1926 - 1930 - Washington Luís Pereira de Sousa (Washington Luís )

Durante a República Café-com-Leite, foram muitos os abusos das elites, como o Voto do Cabresto (quando os eleitores votavam acompanhados de um jagunço para não 'errarem' o voto); o Coronelismo (quando o poder político local era de um grande proprietário de terra; as repressões violentas às revoltas populares... e assim por diante.

Lembrando: durante esse período aconteceu a Primeira Guerra Mundial, e vocês acreditam que para nós isso não foi tão ruim? Conseguimos aumentar nossa produção e até nossas exportações, porque os países europeus estavam muito ocupados com o conflito. Claro que com tantas mortes, o mundo inteiro acabou perdendo. Veremos isso no próximo bimestre, até lá!