3 de setembro de 2009

6º ano - 3º bimestre/2009 - TAREFA 1

1. Você acha que a democracia de Atenas se parece com a nossa democracia? Por que?
2. Você acha a educação dos jovens em Esparta é melhor que a educação da nossa sociedade atual? Por que?
3. De todas as civilizações que nós já estudamos, qual você considera a mais interessante? Por que?

FONTE:
Prof.ª Joice Fernandes

Grécia Antiga – sociedade e organização política

A Grécia atual é um país do sul da Europa. A capital da Grécia é Atenas, importante centro turístico europeu, onde encontramos uma série de monumentos arquitetônicos e artísticos construídos pelos antigos gregos. Porém, a Grécia atual é bem diferente da Grécia antiga.
O mundo grego antigo estendia-se por uma área maior do que o território atual, e nunca foi um Estado unificado. Era um conjunto de cidades independentes. Os gregos se auto-denominavam helenos, pois a região e que se estabeleceram era chamada de Hélade. A História da Grécia Antiga pode ser divida em 4 períodos: Obscuro (1150-800 a.C.), Arcaico (800-500 a. C.), Clássico (500-338 a. C.) e Helenístico (338-146 a. C.).

OBSCURO – A partir do ano 2000 a.C., nas áreas que ficaram conhecidas como Grécia antiga, começaram a estabelecer-se quatro povos: aqueus, jônios, eólios e dórios. Conquistando populações já existentes nessas regiões (cretenses, micênicos, entre outros), esses povos estão entre os principais formadores dos HELENOS (gregos).
De 1150 a 800 a.C. encontramos entre os regos uma organização social em “grandes famílias”, que eram denominadas de génos. A vida econômica era baseada na cooperação, principalmente através das trocas. Depois de um tempo, alguns grupos acumularam riquezas e poder, e passaram a se considerar melhores que os outros. Eram os aristoi, que passaram a dificultar a cooperação dos génos.

ARCAICO – A partir do século VIII, começaram a se formar cidades independentes. Essas cidades eram chamadas de pólis. Na pólis haviam praças, templos e oficinas. Havia também artesãos e comércio. Mas uma parte da população também se dedicava às plantações de trigo, oliva, uvas, e à criação de animais como cabras, ovelhas, porcos e cavalos. As pólis mais conhecidas são Atenas e Esparta.

CLÁSSICO – Por volta do século VI a.C., a população começou a crescer e as terras já não eram suficientes, então muitos gregos deixaram suas cidades e partiram para o litoral do Mediterrâneo. Fundaram novas cidades, chamadas de colônias. A principal atividade nas colônias gregas era a agricultura e o comércio. Eles desenvolveram a navegação marítima e colonizaram muitos territórios. Apesar de serem cidades independentes (cidades-Estado), os gregos falavam a mesma língua, acreditavam nos mesmos deuses, e promoviam festas e rituais comuns, como as olimpíadas por exemplo.

HELENÍSTICO - Período em que a pólis grega foi invadida pelos macedônios. Veremos mais adiantes.

Por enquanto vamos estudar um pouco mais do período classico. Principalmente sobre as pólis Atenas e Esparta.

ATENAS
O centro de Atenas ficava numa colina chamada acrópole, como era em todas as cidades. Durante muito tempo Atenas foi governada por um rei. Depois esse poder passou para as mãos de um grupo mais rico, os eupátridas. Mas diante dos abusos de poder desse grupo, a população começou a exigir mudanças, e criaram uma nova forma de governo: a democracia. Todas as decisões passaram a ser tomada por uma assembléia de homens adultos e livres. E essas decisões eram colocadas em prática pelos estrategos.
A sociedade ateniense estava dividida basicamente em 3 grupos:
- cidadãos: homens adultos, nascidos pai e mãe ateniense;
- metecos: estrangeiros que moravam em Atenas;
- escravos: prisioneiros de guerra ou filhos de escravos.

ESPARTA
Esparta era uma cidade que valorizava o serviço militar. O governo de Esparta investia principalmente na educação do jovens. Um dos principais objetivos da educação espartana era fazer com que os cidadãos se tornasse modelos de soldados, bem treinados fisicamente, corajosos e obedientes. As mulheres tinham maior participação nesta pólis. A sociedade espartana dividia-se basicamente em 3 grupos:
- esparciatas: eram os cidadãos espartanos, governavam, guerreavam, mas não podiam trabalhar no comércio;
- periecos: homens livres que se dedicavam exclusivamente ao comércio;
- hilotas: servos que se dedicavam à agricultura (mas não eram escravos).
Esparta era comanda por 2 reis, para que em tempos de guerra um dos dois estivesse presente no governo. Mas haviam 3 órgãos que ajudavam os reis a governar:
- Gerúsia: grupo de anciãos;
- Ápela: cidadãos maiores de 30 anos;
- Conselho dos Éforos: 5 homens chefes de governo.

FONTE:
Prof.ª Joice Fernandes

31 de agosto de 2009

8º ano - 3º bimestre/2009 - TAREFA 1

1. O que era o Pacto Colonial?

2. Por quê os colonos achavam que a independência era importante?

3. A colônia era dependente da metrópole. Você acha que hoje ainda existem países que dependem uns dos outros? Por quê?

4. Entreviste 3 pessoas maiores de 18 anos, coloque o nome completo e a profissão e peça que essas pessoas respondam: “Você acha que seria bom se os países da América se juntassem para formar um país só? Por que?”

FONTE:
Prof.ª Joice Fernandes

30 de agosto de 2009

Independência das colônias na América Espanhola

Ao contrário do que aconteceu na colonização inglesa, a colonização espanhola e portuguesa implantou um regime de exploração das riquezas das colônias em benefício dos governos e comerciantes da metrópole. Por isso, depois do primeiro século de colonização, começaram a surgir conflitos entre os colonos e as autoridades que seguiam as determinações das metrópoles. Para continuar explorando as riquezas da colônia os governos precisavam a ajudar a colônia a crescer, mas se a colônia crescesse demais ela poderia lutar contra sua própria metrópole.
Por causa da Revolução Industrial, países como Espanha e Portugal precisavam comprar matéria-prima (barata) para seus produtos industrializados (caros) e precisavam vender esses produtos industrializados (PACTO COLONIAL).
Durante as três primeiras décadas do século XIX, as colônias espanholas lutaram pela independência em relação à metrópole. Foram vários acontecimentos e não uma revolução única.
O pensamento Iluminista que colaborou para a Independência dos Estados Unidos se espalharam pelas colônias espanholas, colaborando para a crítica ao absolutismo e a luta pelo anticolonialismo.
Além das idéias liberais, as lutas pela independência foram impulsionadas pela consciência das elites coloniais de que os laços com o governo espanhol, liderado pela elites espanholas (os CHAPETONES) dificultavam o crescimento da América. Essa elites eram constituídas pelos CRIOLLOS (que eram os filho de espanhóis nascidos na América), pelos LATIFUNDIÁRIOS (pessoas que produziam em grandes propriedades de terra e exportavam sua produção), COMERCIANTES URBANOS, etc. As camadas populares eram constituídas por INDIGNAS, MESTIÇOS, HOMENS BRANCOS POBRES, etc. Todos lutavam contra a metrópole, mas por razões diferentes.
Entre 1810 e 1828, aconteceram muitas revoltas. Uma das mais importantes aconteceu no México, e de lá se espalhou pela América Central. Na América do Sul surgiram dois homens muito importantes: SAN MARTÍN (1778-1850) e SIMÓN BOLÍVAR (1783-1830). Bolívar acreditava que depois da independência, todas as colônias da América deveriam se unificar. Mas isso não aconteceu, principalmente porque as elites locais preferiram garantir seus poderes nas regiões onde já atuavam.
Outro acontecimento interessante desse período foi a independência do Haiti, que era uma colônia francesa. O movimento teve início em 1791 liderado pelos escravos. Em 1825 o país conseguiu sua independência, mas a economia estava arrasada e a produção destruída.
Entre os governos europeus, praticamente nenhum colaborou com os movimentos pela independência da América espanhola e do Haiti. Apenas o governo da Inglaterra foi favorável à emancipação das nações latino-americanas, pois convinha à industrialização inglesa, que se interessava em conquistar novos mercados para seus produtos.
Em 1823, o presidente dos Estados Unidos JAMES MONRE (1758-1831) anunciou a disposição dos Estados Unidos em impedir que qualquer país europeu estabelecesse colônias na América. Sua frase ficou conhecida no mundo todo: “A América para os americanos”, mas porque ele tinha tanto interesse em proteger a América?

FONTE:
Prof.ª Joice Fernandes

27 de agosto de 2009

Hebreus, Fenícios e Persas

HEBREUS

Os hebreus não construíram um império territorial, mas transmitiram uma importante herança: o monoteísmo, por isso, um dos melhores lugares para encontrar a história dos hebreus é a Bíblia. Essa história pode ser dividida em 3 grades períodos: governo dos patriarcas, governo dos juízes e governo dos reis.

GOVERNO DOS PATRIARCAS: Os hebreus viviam no sul da Mesopotâmia, e organizavam-se em comunidades. Segundo a Bíblia o primeiro patriarca foi Abraão. Por volta de 2000 a.C. migraram para a Palestina (Terra Prometida). Mas em 1750 a.C., por causa de uma grande seca, foram para o norte do Egito (história de José). Em 1250 a.C. Moisés fugiu com os Hebreus do Egito e voltou para a Palestina, quando começou o governo dos juízes.

GOVERNO DOS JUÍZES: Quando voltaram à Palestina, os hebreus tiveram que lutar contra outros povos que estavam lá, os cananeus e os filisteus. Um dos juízes mais famosos foi Sansão. Mas as lutas e os problemas sociais fizeram os hebreus escolherem um rei.

GOVERNO DOS REIS (monarquia): O primeiro rei hebreu foi Saul, depois Davi e depois Salomão. Após a morte de Salomão, começaram a ocorrer muitas brigas por causa de impostos e discórdias sociais, por isso o reino foi divido: ao norte REINO DE ISRAEL e ao sul REINO DE JUDÁ. Mais tarde os dois reinos foram invadidos por outros povos. Um deles eram o babilônios, que levaram os hebreus para o cativeiro. Quando os Persas conquistaram a Babilônia, os hebreus foram libertados. Mas não conseguiram mais se organizar, e se espalharam pelo mundo.

FENÍCIOS

A Fenícia era um lugar difícil de plantar e criar animais, porque tinha muitas montanhas. Mas estava bem perto do mar, por isso eles utilizavam o comércio. Com o desenvolvimento do comércio, os fenícios necessitavam de um meio mais prático e eficiente que os auxiliasse nos registros das transações comerciais com outros povos. Foi assim que se desenvolveu a escrita alfabética.


PERSAS

Os persas construíram um dos maiores impérios da Antiguidade. Eles conquistaram os egípcios, os hebreus, os fenícios, os assírios, os babilônios. Apenas os gregos conseguiram pará-los. Para manter seu império unido, subdividiram o território em satrapias, e cada uma delas era governada por um sátrapa. O imperador sempre enviava um funcionário para fiscalizar os sátrapas. Como o império era muito grande, eles aperfeiçoaram os transportes e as comunicações, construindo grandes estradas. A religião dos persas se chamava ZOROASTRISMO, que acreditava em 2 deuses: o do bem e o do mal, até hoje ainda existem seguidores dessa religião.

FONTE:
Prof.ª Joice Fernandes

23 de agosto de 2009

História da Amércia II

OS MAIAS

As evidências arqueológicas mostram que os maias começaram a edificar sua arquitetura cerimonial há 3000 anos. Entre os estudiosos, há um certo desacordo sobre os limites e diferenças entre a civilização maia e a cultura mesoamericana pré-clássica vizinha dos olmecas. Os olmecas e os maias antigos parecem ter-se influenciado mutuamente.

Os monumentos mais antigos consistem em simples montículos remanescentes de tumbas, precursoras das pirâmides erguidas mais tarde.

Eventualmente, a cultura olmeca ter-se-ia desvanecido depois de dispersar a sua influência na península de Iucatã, na Guatemala e em outras regiões.

Os maias construíram as famosas cidades de Tikal, Palenque, Copán e Calakmul, e também Dos Pilas, Uaxactún, Altún Ha, e muitos outros centros habitacionais na área. Jamais chegaram a desenvolver um império embora algumas cidades-estado independentes tenham formado ligas temporárias, associações e mesmo rápidos períodos de suserania. Os monumentos mais notáveis são as pirâmides que construíram em seus centros religiosos, junto aos palácios de seus governantes. Outros restos arqueológicos muito importantes são as chamadas estelas (os maias as chamam de tetún, ou "três pedras"), monolitos de proporções consideráveis que descrevem os governantes da época, sua genealogia, seus feitos de guerra e outros grandes eventos, gravados em caracteres hieroglíficos.

Os maias tinham economia preponderantemente agrícola embora praticassem ativamente o comércio em toda a Mesoamérica e possivelmente para além desta. Entre os principais produtos do comércio estavam o jade, o cacau, o sal e a obsidiana.

Muitos consideram a arte maia da Era Clássica (200 a 900 d.C.) como a mais sofisticada e bela do Novo Mundo antigo. Os entalhes e relevos em estuque de Palenque e a estatuária de Copán são especialmente refinados, mostrando uma graça e observação precisa da forma humana, que recordaram aos primeiros arqueólogos da civilização do Velho Mundo, daí o nome dado à era.

Mural com afresco em BonampakSomente existem fragmentos da pintura avançada dos maias clássicos, a maioria sobrevivente em artefatos funerários e outras cerâmicas. Também existe uma construção em Bonampak que tem murais antigos e que, afortunadamente, sobreviveram a um acidente desconhecido até hoje.

Com as decifrações da escrita maia se descobriu que essa civilização foi uma das poucas nas quais os artistas escreviam seu nome em seus trabalhos

ASTECAS

A história dos astecas é mais conhecida a partir do contato europeu no século XV, com as viagens de Colombo mais especificamente; porém há muito a se dizer sobre esse povo mesoamericano, proveniente do norte e denominado pré-colombiano,[1] habitante da parte central do atual México nos séculos XIV, XV e XVI. Esse povo se auto-denominava Mexica (pronúncia: meˈʃikaʔ), termo que deu origem ao nome do país e a sua capital.

A capital do império asteca era a cidade de Tenochtitlan,[1] construída em uma ilha do Lago Texcoco e, séculos depois, destruída pelos espanhóis, dando início à construção da cidade do México em suas ruínas. A colonização das américas pelo povo espanhol alcançou o continente durante o reinado do Huey Tlatoani,[2] Moctezuma II (Montezuma II). Em 1521, Hernán Cortés, juntamente com um exército aliado constituído pelos índios americanos, muito mais numerosos que o exército de defesa asteca, conquistaram o império asteca através da guerra biológica, do cerco à cidade, da guerra psicológica e do combate direto.[3]

INCAS

O Império Inca (Tawantinsuyu em quíchua) foi um Estado-nação que existiu na América do Sul de cerca de 1200 até à invasão dos conquistadores espanhóis e a execução do imperador Atahualpa em 1533.

O império incluía regiões desde o extremo norte como o Equador e o sul da Colômbia, todo o Peru e a Bolívia, até o noroeste da Argentina e o norte do Chile. A capital do império era a atual cidade de Cusco (em quíchua, "Umbigo do Mundo"). O império abrangia diversas nações e mais de 700 idiomas diferentes, sendo o mais falado o quíchua.

Pesquisas ainda em curso (dezembro de 2004) já comprovam a existência de uma civilização avançada "Norte Chico" (Norte Pequeno, em espanhol), estabelecida em três vales ao norte de Lima, capital do Peru, que teriam ascendido em cerca de 3000 a.C. e perdurado por cerca de 1.200 anos até sua queda.

Esta cultura já construía pirâmides de até vinte e seis metros de altura e grandes complexos cerimoniais. Parece certo que mais de vinte centros populacionais competiam entre si para produzir a arquitetura mais impressionante.

Há provas de que a cultura do "Norte Chico" tinha religião de culto antropomórfico, praticava a agricultura irrigada e o comércio, notadamente troca de algodão plantado por peixe, com povos das planícies.

Por volta de 1800 a.C., este povo deixou a região, possivelmente propagando seus avançados conhecimentos, podendo haver alguma relação com o surgimento da cultura posterior que se estabeleceu no vale do rio Casma.

Posteriormente (cerca de 800 a.C.) surge em Chavin de Huantar o embrião do estado teocrático andino; do ano 50 até cerca do ano 700 a civilização mochica floresce, e aproximadamente no ano 1000 explode a cultura Tiahuanaco.

Os incas, originários das montanhas do Peru, expandiram o seu controle a quase toda região dos Andes. A civilização inca alcançou o seu apogeu no século XV, sob Pachacuti. Entre as suas realizações culturais está a arquitetura, a construção de estradas, pontes e engenhosos sistemas de irrigação.

O imperador Pachacuti foi o homem mais poderoso da antiga América já que enviou várias expedições para conquista de terras. Quando os oponentes se rendiam eram bem tratados mas quando resistiam havia pouca clemência. Com as conquistas, Pachacuti acrescentava não apenas mais terras ao seu domínio como guerreiros sob seu comando. Sendo talentoso diplomata, antes das invasões, Pachacuti enviava mensageiros para expor as vantagens de os povos conquistados se unirem pacificamente ao império Inca. O acordo proposto era de que, se os dominados cedessem suas terras, manteriam um controle local exercido pelos dignitários locais que seriam tratados como nobres do Império e os seus filhos seriam educados em troca da integração ao Império e plena obediência ao Inca.

Os incas tinham um exército muito bem treinado e organizado. Quando os incas conquistavam um lugar, o povo era submetido a tributação pela qual prestavam serviços designados pelos conquistadores. Os incas encorajavam as pessoas a se juntarem ao Império e quando isto ocorria eram sempre bem tratadas. Serviços postais eram então estabelecidos por mensageiros (chasquis) que entregavam mensagens oficiais entre as maiores cidades. Notícias também eram veiculadas pelo sistema Chasqui na velocidade de 125 milhas por dia. Os incas também promoviam a mudança de populações conquistadas como parte da criação a "Rodovia Inca", que foi idealizada para ser usada nas guerras, para o transporte de bens e outros propósitos. Esta troca de populações (manay) acabou promovendo a troca de informações e propagação da cultura Inca. Todo o Império Inca foi unido por excelentes estradas e pontes. Sua extensão máxima era de 4.500 km de comprimento por 400 km de largura, o que dava 1,800,000 km² de extensão.

O período de máxima expansão do Império Inca ocorre a partir do ano 1450 quando chegou a cobrir a região andina do Equador ao centro do Chile, com mais de 3000 quilômetros de extensão.

FONTE:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Civiliza%C3%A7%C3%A3o_maia (acessado em 23/08/2009)
http://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_dos_astecas (acessado em 23/08/2009)
http://pt.wikipedia.org/wiki/Incas (acessado em 23/08/2009)

História da América I

Civilização Maia

O povo maia habitou a região das florestas tropicais das atuais Guatemala, Honduras e Península de Yucatán (região sul do atual México). Viveram nestas regiões entre os séculos IV a.C e IX a.C. Entre os séculos IX e X , os toltecas invadiram essas regiões e dominaram a civilização maia.

Nunca chegaram a formar um império unificado, fato que favoreceu a invasão e domínio de outros povos. As cidades formavam o núcleo político e religioso da civilização e eram governadas por um estado teocrático.O império maia era considerado um representante dos deuses na Terra.

A zona urbana era habitada apenas pelos nobres (família real), sacerdotes (responsáveis pelos cultos e conhecimentos), chefes militares e administradores do império (cobradores de impostos). Os camponeses, que formavam a base da sociedade, artesão e trabalhadores urbanos faziam parte das camadas menos privilegiadas e tinham que pagar altos impostos.

Arte e arquitetura: pirâmide da civilização maia

A base da economia maia era a agricultura, principalmente de milho, feijão e tubérculos. Suas técnicas de irrigação eram muito avançadas. Praticavam o comércio de mercadorias com povos vizinhos e no interior do império.

Ergueram pirâmides, templos e palácios, demonstrando um grande avanço na arquitetura. O artesanato também se destacou: fiação de tecidos, uso de tintas em tecidos e roupas.

A religião deste povo era politeísta, pois acreditavam em vários deuses ligados à natureza. Elaboraram um eficiente e complexo calendário que estabelecia com exatidão os 365 dias do ano.

Assim como os egípcios, usaram uma escrita baseada em símbolos e desenhos (hieróglifos). Registravam acontecimentos, datas, contagem de impostos e colheitas, guerras e outros dados importantes.

Desenvolveram muito a matemática, com destaque para a invenção das casas decimais e o valor zero.



Civilização Asteca

Povo guerreiro, os astecas habitaram a região do atual México entre os séculos XIV e XVI. Fundaram no século XIV a importante cidade de Tenochtitlán (atual Cidade do México), numa região de pântanos, próxima do lago Texcoco.

A sociedade era hierarquizada e comandada por um imperador, chefe do exército. A nobreza era também formada por sacerdotes e chefes militares. Os camponeses, artesãos e trabalhadores urbanos compunham grande parte da população. Esta camada mais baixa da sociedade era obrigada a exercer um trabalho compulsório para o imperador, quando este os convocava para trabalhos em obras públicas (canais de irrigação, estradas, templos, pirâmides).

Durante o governo do imperador Montezuma II (início do século XVI), o império asteca chegou a ser formado por aproximadamente 500 cidades, que pagavam altos impostos para o imperador. O império começou a ser destruído em 1519 com as invasões espanholas. Os espanhóis dominaram os astecas e tomaram grande parte dos objetos de ouro desta civilização. Não satisfeitos, ainda escravizaram os astecas, forçando-os a trabalharem nas minas de ouro e prata da região.

Arte asteca e arquitetura: pirâmide da civilização asteca

Os astecas desenvolveram muito as técnicas agrícolas, construindo obras de drenagem e as chinampas (ilhas de cultivo), onde plantavam e colhiam milho, pimenta, tomate, cacau etc. As sementes de cacau, por exemplo, eram usadas como moedas por este povo.

O artesanato a era riquíssimo, destacando-se a confecção de tecidos, objetos de ouro e prata e artigos com pinturas.

A religião era politeísta, pois cultuavam diversos deuses da natureza (deus Sol, Lua, Trovão, Chuva) e uma deusa representada por uma Serpente Emplumada. A escrita era representada por desenhos e símbolos. O calendário maia foi utilizado com modificações pelos astecas. Desenvolveram diversos conceitos matemáticos e de astronomia.

Na arquitetura, construíram enormes pirâmides utilizadas para cultos religiosos e sacrifícios humanos. Estes, eram realizados em datas específicas em homenagem aos deuses. Acreditavam, que com os sacrifícios, poderiam deixar os deuses mais calmos e felizes.



Civilização Inca

Os incas viveram na região da Cordilheira dos Andes (América do Sul ) nos atuais Peru, Bolívia, Chile e Equador. Fundaram no século XIII a capital do império: a cidade sagrada de Cusco. Foram dominados pelos espanhóis em 1532.

pintura: arte inca

O imperador, conhecido por Sapa Inca era considerado um deus na Terra. A sociedade era hierarquizada e formada por: nobres (governantes, chefes militares, juízes e sacerdotes), camada média ( funcionários públicos e trabalhadores especializados) e classe mais baixa (artesãos e os camponeses). Esta última camada pagava altos tributos ao rei em mercadorias ou com trabalhos em obras públicas.

Na arquitetura, desenvolveram várias construções com enormes blocos de pedras encaixadas, como templos, casas e palácios. A cidade de Machu Picchu foi descoberta somente em 1911 e revelou toda a eficiente estrutura urbana desta sociedade. A agricultura era extremamente desenvolvida, pois plantavam nos chamados terraços (degraus formados nas costas das montanhas). Plantavam e colhiam feijão, milho (alimento sagrado) e batata. Construíram canais de irrigação, desviando o curso dos rios para as aldeias. A arte destacou-se pela qualidade dos objetos de ouro, prata, tecidos e jóias.

Domesticaram a lhama (animal da família do camelo) e utilizaram como meio de transporte, além de retirar a lã , carne e leite deste animal. Além da lhama, alpacas e vicunhas também eram criadas.

A religião tinha como principal deus o Sol (deus Inti). Porém, cultuavam também animais considerados sagrados como o condor e o jaguar. Acreditavam num criador antepassado chamado Viracocha (criador de tudo).

Criaram um interessante e eficiente sistema de contagem : o quipo. Este era um instrumento feito de cordões coloridos, onde cada cor representava a contagem de algo. Com o quipo, registravam e somavam as colheitas, habitantes e impostos. Mesmo com todo desenvolvimento, este povo não desenvolveu um sistema de escrita.

FONTE:
http://www.suapesquisa.com/astecas/ (acessado em 23/08/2009)

História da África II

Introdução

Nas escolas e nos livros, costumamos estudar apenas a história de um povo africano: os egípcios. Porém, na mesma época em que o povo egípcio desenvolvia sua civilização, outros povos africanos faziam sua história. Conheceremos abaixo alguns destes povos e suas principais características culturais.

O povo Bérbere

Os bérberes eram povos nômades do deserto do Saara. Este povo enfrentava as tempestades de areia e a falta de água, para atravessar com suas caravanas este território, fazendo comércio. Costumavam comercializar diversos produtos, tais como : objetos de ouro e cobre, sal, artesanato, temperos, vidro, plumas, pedras preciosas etc.
Costumavam parar nos oásis para obter água, sombra e descansar. Utilizavam o camelo como principal meio de transporte, graças a resistência deste animal e de sua adaptação ao meio desértico.
Durante as viagens, os bérberes levavam e traziam informações e aspectos culturais. Logo, eles foram de extrema importância para a troca cultural que ocorreu no norte do continente.

Os bantos

Este povo habitava o noroeste do continente, onde atualmente são os países Nigéria, Mali, Mauritânia e Camarões. Ao contrário dos bérberes, os bantos eram agricultores. Viviam também da caça e da pesca.
Conheciam a metalurgia, fato que deu grande vantagem a este povo na conquista de povos vizinhos. Chegaram a formar um grande reino ( reino do Congo ) que dominava grande parte do noroeste do continente.
Viviam em aldeias que era comandada por um chefe. O rei banto, também conhecido como manicongo, cobrava impostos em forma de mercadorias e alimentos de todas as tribos que formavam seu reino.
O manicongo gastava parte do que arrecadava com os impostos para manter um exército particular, que garantia sua proteção, e funcionários reais. Os habitantes do reino acreditavam que o maniconco possuía poderes sagrados e que influenciava nas colheitas, guerras e saúde do povo.

Os soninkés e o Império de Gana

Os soninkés habitavam a região ao sul do deserto do Saara. Este povo estava organizado em tribos que constituíam um grande império. Este império era comandado por reis conhecidos como caia-maga.
Viviam da criação de animais, da agricultura e da pesca. Habitavam uma região com grandes reservas de ouro. Extraíam o ouro para trocar por outros produtos com os povos do deserto (bérberes). A região de Gana, tornou-se com o tempo, uma área de intenso comércio.
Os habitantes do império deviam pagar impostos para a nobreza, que era formada pelo caia-maga, seus parentes e amigos. Um exército poderoso fazia a proteção das terras e do comércio que era praticado na região. Além de pagar impostos, as aldeias deviam contribuir com soldados e lavradores, que trabalhavam nas terras da nobreza.

http://www.suapesquisa.com/afric/ (acessado em 23/08/2009)

História da África I

A história da África é conhecida no Ocidente por escritos que datam da Antiguidade Clássica. No entanto, vários povos deixaram testemunhos ainda mais antigos das suas civilizações. Para além disso, os mais antigos fósseis de hominídeos foram encontrados na África com cerca de cinco milhões de anos.

O Egito foi provavelmente o primeiro estado a constituir-se na África, há cerca de 5000 anos, mas muitos outros reinos ou cidades-estados se foram sucedendo neste continente, ao longo dos séculos. Para além disso, a África foi, desde a antiguidade, procurada por povos doutros continentes, que buscavam as suas riquezas, por vezes ocupando partes do “Continente Negro” por largos períodos. A estrutura actual de África, no entanto, é muito recente – meados do século XX – e resultou da colonização europeia.

De acordo com as descobertas mais recentes de fósseis de hominídeos, a África parece ter sido o “berço da humanidade”, não só onde, pela primeira vez, apareceu a espécie Homo sapiens, mas também grande parte dos seus antepassados, os Australopithecus (que significa “macacos do sul”), os Pithecanthropus (que significa “macaco-homem”) e, finalmente, o género Homo (ver Swartkrans, por exemplo)

Norte de África

No deserto da Líbia encontraram-se gravações em rochas (ou "petroglifos") do período Neolítico, e megalitos, que atestam da existência duma cultura de caçadores-recolectores nas savanas secas desta região, durante a última glaciação. O atual deserto do Saara foi um dos primeiros locais onde se praticou a agricultura na África (cultura da cerâmica de linhas onduladas). Outros achados arqueológicos demonstram que, depois da desertificação do Saara, as populações do Norte de África passaram a concentrar-se no vale do rio Nilo: os “nomas”, cuja cultura ainda não conhecia a escrita, e que, por volta de 6000 a.C., já tinha uma agricultura organizada.


[editar] Antiguidade

Mapa das civilizações africanas antes da colonizção europeia.Pode dizer-se que a história recente ou “moderna” da África, no sentido do seu registro escrito, começou quando povos de outros continentes começaram a registrar o seu conhecimento sobre os povos africanos – com exceção do Egito e provavelmente dos antigos reinos de Axum e Meroe, que tiveram fortes relações com o Egito.

Assim, aparentemente, a história da África oriental começa a ser conhecida a partir do século X, quando um estudioso viajante árabe, Al-Masudi, descreveu uma importante atividade comercial entre as nações da região do Golfo Pérsico e os "Zanj" ou negros africanos. No entanto, outras partes do continente já tinham tido início a islamização, que trouxe a estes povos a língua árabe e a sua escrita, a partir do século VII.

As línguas bantu só começaram a ter a sua escrita própria, quando os missionários europeus decidiram publicar a Bíblia e outros documentos religiosos naquelas línguas, ou seja, durante a colonização do continente, pelo menos, da sua parte subsaariana.

Bibliografia
WALDMAN, Maurício ; SERRANO, Carlos. Memória D'África - A Temática Africana em Sala de Aula. 1ª. ed. São Paulo, SP: Cortez Editora, 2007. v. 01. 327 p.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_da_%C3%81frica (acessado em 23/08/2009)

História da China II

Introdução
Em decorrência das invasões sofridas, a China foi dividida em reinos feudais independentes no período compreendido entre os séculos III e IV. Neste tipo de reino, o rei desempenhava a função de chefe religioso e aos nobres cabia a responsabilidade de defender o território contra as invasões estrangeiras.

Dinastias Chinesas
Após um período de luta entre os principados, quando os nobres já se encontravam mais fortes do que o rei, deu-se início ao surgindo das primeiras dinastias chinesas. A primeira delas foi a Sui, que no ano de 580 consegui unificar os reinos. No ano de 618, esta dinastia foi substituída pela Tang, que teve como ponto marcante a contribuição significativa com o desenvolvimento cultural do povo chinês.

A dinastia Tang entra em declínio após ser derrotada pelos árabes no ano de 751, sendo substituída, em 907, pela dinastia Sung, que elevou o crescimento econômico e estimulou o desenvolvimento da cultura. Foi durante esta dinastia que a pólvora foi inventada.

A partir da linha de pensamento do filósofo Confúcio, que defendia a idéia de que a natureza humana é boa, porém, é corrompida pelo uso indevido do poder, a política foi influenciada de tal forma que contribuiu com a unificação cultural da China.

No período compreendido entre os anos de 1211 e 1215, os mongóis invadem a China e dão início ao seu império, que passa a ser dividido em 12 províncias; contudo, eles dão continuidade ao desenvolvimento alcançado pelo reino anterior.

Em 1368, a dinastia mongol é derrubada pela resistência interna, e, esta, assume o poder com o nome de dinastia Ming. Durante este período, foi realizada uma política que expandiu o território chinês para a Manchúria, Indochina e Mongólia. Entretanto, este reinado começa a cair em decorrência da chegada dos europeus, em 1516, e tem seu fim definitivo no ano de 1644, após a invasão manchu.

Quando estudamos a China, não podemos deixar de estudar outros dois pontos importantes: O primeiro deles é o budismo, que teve forte influência nas manifestações artísticas chinesas como a literatura, a pintura e a escultura. O segundo é a Grande Muralha da China, que foi levantada, antes do século III A.C, com o propósito de defender os principados contra as invasões de seus inimigos. Foi reconstruída ente os séculos XV e XVI cruzando o país de leste a oeste.

http://www.suapesquisa.com/historia/china/ (acessado em 23/08/2009)

História da China I

Dinastia Shang

Encontraram-se restos de sociedades avançadas e estratificadas datados da época da Dinastia Shang no vale do rio Amarelo.O registro mais antigo do passado da China data da Dinastia Shang, possivelmente no século XIII a.C., na forma de inscrições divinatórias em ossos ou carapaças de animais.

Os historiadores chineses de períodos posteriores habituaram-se à noção de que uma dinastia sucedia a outra, mas sabe-se que a situação política na China primitiva era muito mais complexa. Alguns acadêmicos sugerem que os xias e os shangs talvez fossem entidades políticas que co-existiram, da mesma maneira que os zhous foram contemporâneos dos shangs.


Dinastia Zhou

No final do II milênio a.C., a Dinastia Zhou, inicialmente de caráter semi-feudal, emergiu no vale do rio Amarelo e terminou por invadir os shangs. Os zhous eram um povo que vivia a oeste dos shangs e seu chefe havia sido nomeado por estes últimos como "protetor ocidental". O chefe dos zhous, Rei Wu, com o apoio de seu regente e tio, o Duque de Zhou, derrotaram os shangs na batalha de Muye. Naquele período, o rei zhou invocou o conceito do "Mandato dos Céus" para legitimar o seu governo, uma idéia que influenciaria quase todas as dinastias subseqüentes. Os zhous, de início, instalaram sua capital a oeste numa região próxima à moderna Xian, perto do rio Amarelo, mas viriam a expandir-se para o vale do rio Yangtzé. Esta seria a primeira das várias migrações populacionais do norte para o sul na história da China.


Período das Primaveras e dos Outonos

No século VIII a.C., o poder político tornou-se descentralizado, durante o chamado Período das Primaveras e dos Outonos, cujo nome advém dos Anais das Primaveras e dos Outonos. Naquele período, chefes militares locais empregados pelos zhous começaram a agir com autonomia e a disputar a hegemonia. A situação agravou-se com a invasão de outros povos a partir de nordeste, como os qins (ou chins), o que forçou os zhous a mover sua capital a leste, para Luoyang. Isto marca a segunda grande fase da Dinastia Zhou: os zhous orientais. Em cada um das centenas de Estados que vieram a surgir (alguns meros vilarejos com um castelo), potentados locais detinham a maior parte do poder político e sua subserviência aos reis zhous era apenas nominal. Por exemplo, tais chefes locais passaram a envergar títulos reais. Este período viu surgir movimentos intelectuais e filosóficos influentes como o confucionismo, o taoísmo, o legalismo e o moísmo, parcialmente como reação às mudanças políticas da época.


Período dos reinos combatentes

Após um processo de consolidação política, restavam, no final do século V a.C., sete Estados proeminentes. A fase durante a qual estas poucas entidades políticas combateram umas contra as outras é conhecida como o Período dos Reinos Combatentes. A figura de um rei zhou continuou a existir até 256 a.C., mas apenas como chefe nominal, sem poderes concretos. A fase final deste período começou durante o reinado de Ying Zheng, rei de Qin. Após lograr a unificação dos outros seis Estados e anexar outros territórios nos atuais Zhejiang, Fujian, Guangdong e Guangxi em 214 a.C., proclamou-se o primeiro Imperador (Qin Shi Huangdi).


Dinastia Qin: o início da China imperial


Os historiadores costumam denominar de China Imperial o período entre o início da Dinastia Qin (século III a.C.) e o fim da Dinastia Qing (no começo do século XX). Embora seu reinado sobre uma China unificada tenha durado apenas doze anos, o imperador qin logrou subjugar grande parte do que se constitui no cerne das terras hans chinesas e uni-las sob um governo altamente centralizado com sede em Xianyang (a atual Xian). A doutrina do legalismo, pela qual se orientava o imperador, enfatizava a observância estrita de um código legal e o poder absoluto do monarca. Tal filosofia, embora muito eficaz para expandir o império pela força, mostrou-se inservível para governar em tempo de paz. Os qins promoveram o silenciamento brutal da oposição política, cuja epítome foi o incidente conhecido como a queima de livros e o sepultamento de acadêmicos (vivos).
A Dinastia Qin é famosa por ter iniciado a Grande Muralha da China, que foi posteriormente ampliada e aperfeiçoada durante a Dinastia Ming. Incluem-se entre as demais contribuições dos qin a unificação do direito, da linguagem escrita e da moeda da China, bem-vindas após as tribulações dos períodos da Primavera e do Outono e dos Reinos Combatentes. Até mesmo algo tão prosaico como o comprimento dos eixos das carroças teve que ser uniformizado de modo a permitir um sistema comercial viável que abrangesse todo o império.logo apos o imperio ter caido nas garras do terrivel piu piu,todos cantaram"korikorikori,akarengé!!"


Dinastia Han: uma fase próspera

A Dinastia Han emergiu em 202 a.C., como a primeira a adotar a filosofia do confucionismo, que se tornou a base ideológica de todos os regimes chineses até o fim da China Imperial. Durante esta fase dinástica, a China logrou grandes avanços nas artes e nas ciências. O Imperador Wu consolidou e ampliou o império ao expulsar os xiongnus (que alguns identificam com os hunos) para as estepes do que é hoje a Mongólia Interior, tomando-lhes o território correspondente às atuais províncias de Gansu, Ningxia e Qinghai. Isto permitiu abrir as primeiras ligações comerciais entre a China e o Ocidente: a Rota da Seda.
Entretanto, as aquisições de terras pelas elites gradualmente causaram uma crise tributária. Em 9 d.C., o usurpador Wang Mang fundou a breve Dinastia Xin ("nova") e deu início a um amplo programa de reformas agrária e econômica. As famílias proprietárias de terras jamais apoiaram as reformas, que favoreciam os camponeses e a pequena nobreza, e a instabilidade causada por sua oposição levou ao caos e a rebeliões.
O Imperador Guangwu reinstituiu a Dinastia Han, sediada agora em Luoyang, próximo a Xian, com o apoio das famílias proprietárias e mercantis. Alguns denominam este período Dinastia Han Oriental. O poder dos hans declinou em meio a aquisições de terras, invasões e rixas entre clãs consortes (isto é, clãs a que pertenciam a consorte do imperador) e eunucos. A Rebelião do Turbante Amarelo, protagonizado pelos camponeses, estalou em 184 e resultou numa era de chefes guerreiros. No caos subseqüente, três Estados buscaram a preeminência durante o chamado Período dos Três Reinos.


Dinastia Jin

Embora os três grupos tenham sido temporariamente unificados em 278 pela Dinastia Jin, os grupos étnicos não-hans controlavam boa parte do país no início do século IV e provocaram migrações de hans em grande escala para a margem sul do YangTzé. Em 303, o povo di revoltou-se, capturou Chengdu e estabeleceu o Estado de Cheng Han. Os xiongnus, chefiados por Liu Yuan, rebelaram-se também e fundaram o Estado de Han Zhao. Seu sucessor, Liu Cong, capturou e executou os dois últimos imperadores jins ocidentais. O Período dos Dezesseis Reinos assistiu a uma pletora de breves dinastias não-chinesas que, a partir de 303, governaram o norte da China. Os grupos étnicos ali presentes incluíam os ancestrais dos turcos, mongóis e tibetanos. A maioria daqueles povos nômades, relativamente pouco numerosos, já havia sido achinesada muito antes de sua ascensão ao poder. Na verdade, alguns deles, em especial os chiangs e os xiongnus, já habitavam as regiões de fronteira no interior da Grande Muralha desde o final da Dinastia Han, com o consentimento desta.


Dinastia Sui: reunificação

A Dinastia Sui logrou reunificar o país em 581, após quase quatro séculos de fragmentação política na qual o norte e o sul se desenvolveram independentemente. Do mesmo modo que os soberanos qin haviam unificado a China após o Período dos Reinos Combatentes, os suis uniram o país e criaram diversas instituições que terminaram por ser adotadas por seus sucessores, os tangs. Da mesma forma que os qins, porém, os suis sobrecarregaram seus recursos e caíram.


Dinastia Tang: a volta da prosperidade

Em 18 de junho de 618, Gaozu tomou o poder e estabeleceu a Dinastia Tang. Iniciou-se então uma era de prosperidade e inovações nas artes e na tecnologia. O budismo, que se havia instalado gradualmente na China a partir do século I, tornou-se a religião predominante e foi adotada pela família imperial e pelo povo.
Os tangs, da mesma forma que os hans, mantiveram abertas as rotas comerciais para o Ocidente e para o sul; diversos comerciantes estrangeiros fixaram-se na China.
A partir de cerca de 860, a Dinastia Tang começou a declinar, devido a uma série de rebeliões internas e de revoltas de Estados clientes. Um chefe guerreiro, Huang Chao, capturou Guangzhou em 879 e executou a maioria dos seus 200.000 habitantes. Em 880, Luoyang caiu-lhe nas mãos e, em 881, Changan. O Imperador Xizong fugiu para Chengdu e Huang estabeleceu um governo que, embora posteriormente destruído por forças tangs, lançou o país num novo período de caos político.


Cinco dinastias e dez reinos

Ao interregno entre a Dinastia Tang e a Dinastia Sung, caracterizado pela fragmentação política, dá-se o nome de Período das Cinco Dinastias e dos Dez Reinos. Com duração de pouco mais de meio século, entre 907 e 960, esta fase histórica viu a China tornar-se uma pluralidade de estados. Cinco regimes sucederam-se rapidamente no controle do tradicional coração territorial do país, no norte, enquanto que dez regimes mais estáveis ocupavam porções do sul e do oeste da China.


Divisão política: os liaos, os sungs, os xias ocidentais, os jins

Em 960, a Dinastia Sung (960-1279) logrou controlar a maior parte da China e escolheu Kaifeng para sua capital, dando início a um período de prosperidade econômica, enquanto que a Dinastia Liao dos khitans governava a Manchúria e a Mongólia. Em 1115, subiu ao poder a Dinastia Jin (1115-1234), dos jurchens[1], e, em dez anos, aniquilou a Dinastia Liao. Tomou a China setentrional e Kaifeng das mãos da Dinastia Sung, forçando-a a transferir sua capital para Hangzhou e a reconhecer os jins como suzeranos. A China encontrava-se então dividida entre a Dinastia Jin, ao norte, a Dinastia Sung Meridional, ao sul, e os xias ocidentais, a oeste. Os sungs meridionais passaram por um período de grande desenvolvimento tecnológico, possivelmente devido em parte à pressão militar que sofriam na sua fronteira setentrional.


Os mongóis e a Dinastia Yuan

O Império Jin foi derrotado pelos mongóis, que em seguida subjugaram os sungs meridionais ao cabo de uma guerra longa e cruenta, a primeira na qual as armas de fogo desempenharam um papel importante. Com isto, a China foi mais uma vez unificada, mas agora como parte de um vasto Império Mongol. Neste período, Marco Polo visitou a corte imperial em Pequim. Os mongóis dividiam-se então entre os que preferiam manter sua base nas estepes e aqueles que desejavam adotar os costumes dos chineses hans. Um destes era Cublai Cã, neto de Gêngis Cã e fundador da Dinastia Yuan, a primeira a governar toda a China a partir de Pequim.


Dinastia Ming: nova hegemonia dos hans

A China sob a Dinastia Ming (em 1580).O forte sentimento popular hostil ao governo "estrangeiro" levou a rebeliões camponesas que terminaram por repelir os mongóis de volta às estepes e a instituir a Dinastia Ming em 1368.
Durante o governo mongol, a população havia sido reduzida em 40 por cento, para um total estimado em 60 milhões de pessoas. Dois séculos depois, a população dobrara de tamanho, o que deu causa a uma maior urbanização e à maior complexidade da divisão do trabalho. Surgiram pequenas indústrias, dedicadas à produção de papel, seda, algodão e porcelana, em especial em grandes centros urbanos como Pequim e Nanquim. Prevaleciam, porém, as pequenas cidades com mercados que comerciavam principalmente comida mas também alguns itens manufaturados, como alfinetes e azeite.
Apesar da xenofobia e da introspecção intelectual característica do neo-confucionismo, uma escola crescentemente popular, a China do início da Dinastia Ming não se isolara. O comércio exterior e outros contatos com o mundo externo, em especial com o Japão, cresceram bastante. Mercadores chineses exploraram todo o Oceano Índico e atingiram a África Oriental com as viagens de Zheng He.
Zhu Yuanzhang (ou Hongwu), fundador da Dinastia Ming, lançou as bases de um Estado menos interessado em comércio do que em extrair recursos do setor agrícola. Talvez devido ao passado camponês do imperador, o sistema econômico ming enfatizava a agricultura, ao contrário do que fizeram as Dinastias Sung e Mongol, cujas finanças se baseavam no comércio. As grandes propriedades rurais foram confiscadas pelo governo, divididas e arrendadas. Proibiu-se a escravidão privada, o que fez com que os camponeses com a posse da terra predominassem na agricultura, após a morte do Imperador Yongle. Tais políticas permitiram aliviar a pobreza causada pelos regimes anteriores.
A dinastia possuía um governo central forte e complexo que unificou o império. O papel do imperador passou a ser mais autocrático, embora Zhu Yuanzhang precisasse lançar mão dos chamados "Grandes Secretários" para auxiliá-lo a lidar com a enorme burocracia, a qual mais tarde causaria o declínio da dinastia, por impedir o governo de se adaptar às mudanças sociais.
O Imperador Yongle procurou ampliar a influência da China além de suas fronteiras, ao exigir que outros governantes lhe enviassem embaixadores para pagar tributo. Construiu-se uma grande marinha, inclusive navios de quatro mastros com deslocamento de 1.500 t. Criou-se um exército regular de um milhão de homens. As forças chinesas conquistaram parte do que é hoje o Vietnã, enquanto que a frota imperial navegava pelos mares da China e o Oceano Índico, chegando até a costa oriental da África. Os chineses estenderam sua influência até o Turquestão. Diversas nações asiáticas pagaram tributo ao imperador. Internamente, o Grande Canal foi ampliado, com impacto positivo sobre o comércio. Produziam-se mais de 100.000 t de ferro por ano. Imprimiam-se livros com o uso da tipografia. O palácio imperial da Cidade Proibida atingiu então ao seu atual esplendor. Enfim, o período ming parece ter sido um dos mais prósperos para a China. Também foi naquela época que o potencial do sul da China veio a ser totalmente explorado. O período ming testemunhou a última ampliação da Grande Muralha da China.


Dinastia Qing

Ver artigo principal: Dinastia Qing
A Dinastia Qing (1644-1911) foi fundada após a derrota dos mings, a última dinastia han chinesa, pelas mãos dos manchus. Estes, anteriormente conhecidos como jurchens, invadiram a China a partir do norte no final do século XVII. Embora os manchus fossem conquistadores estrangeiros, adotaram rapidamente as tradicionais regras de governo confucianas e terminaram por governar na mesma linha das dinastias nativas anteriores.
Os manchus obrigaram os hans a adotar o seu estilo de penteado e de vestimenta, sob pena de morte.
O Imperador Kangxi ordenou a criação do mais completo dicionário de caracteres chineses até então. Durante o reinado do Imperador Qianlong, compilou-se um catálogo das obras mais importantes sobre cultura chinesa.
Para evitar uma assimilação completa pela sociedade chinesa, os manchus estabeleceram um sistema de "oito estandartes" (ou "bandeiras"), divisões administrativas - oriundas de tradições militares manchus - nas quais as famílias manchus se distribuíam. Os manchus na China empregavam a sua própria língua, mantinham suas tradições, como o tiro com arco e o hipismo, e detinham privilégios econômicos e legais nas cidades chinesas.
Ao longo do meio século seguinte, os manchus consolidaram o seu controle sobre o território antes pertencente aos mings e ampliaram sua esfera de influência para incluir Xinjiang, o Tibete e a Mongólia.
O século XIX testemunhou o enfraquecimento do governo qing, em meio a grandes conflitos sociais, estagnação econômica e influência e ingerência ocidentais. O interesse britânico em continuar o comércio de ópio com a China colidiu com éditos imperiais que baniam aquela droga viciante, o que levou à Primeira Guerra do Ópio, em 1840. O Reino Unido e outras potências ocidentais, inclusive os Estados Unidos, ocuparam "concessões" à força e ganharam privilégios comerciais. Hong Kong foi cedida aos britânicos em 1842 pelo Tratado de Nanquim. Também ocorreram naquele século a Rebelião Taiping (1851-1864) e o Levante dos Boxers (1899-1901). Em muitos aspectos, as rebeliões e os tratados que os qings se viram forçados a assinar com potências imperialistas são sintomáticos da incapacidade do governo chinês em reagir adequadamente aos desafios que enfrentava a China no século XIX.


O declínio da monarquia

As duas Guerras do Ópio e o tráfico daquela droga foram custosos para a Dinastia Qing e o povo chinês. O tesouro imperial quebrou duas vezes, por conta do pagamento de indenizações devidas às guerras e à grande evasão de prata causada pelo tráfico de ópio. A China sofreu duas fomes extremas vinte anos após cada uma das Guerras do Ópio nos anos 1860 e 1880, quando a Dinastia Qing se mostrou incapaz de acudir a população. Tais eventos tiveram um profundo impacto ao desafiar a hegemonia de que os chineses gozavam na Ásia há séculos e mergulharam o país no caos.
Uma vasta revolta, a Rebelião Taiping, fez com que cerca de um-terço do país passasse ao controle de um movimento religioso pseudo-cristão chefiado pelo "Rei Celestial" Hong Xiuquan. Somente ao cabo de catorze anos é que as forças qings lograram destruir o movimento, em 1864. Estima-se que a rebelião teria causado entre vinte e cinqüenta milhões de mortos.
Os líderes qing suspeitavam da modernidade e dos avanços sociais e tecnológicos, que viam como ameaças ao seu controle absoluto sobre a China. Por exemplo, a pólvora, que havia sido largamente empregada pelos exércitos das Dinastias Sung e Ming, fora proibida pelos qings ao assumirem o controle do país. Por este e outros motivos, a dinastia encontrava-se despreparada para lidar com as invasões ocidentais. As potências ocidentais intervieram militarmente para reprimir o caos doméstico, como nos casos da Rebelião Taiping e do Levante dos Boxers.
Nos anos 1860, a Dinastia Qing logrou sufocar revoltas, com enorme custo e perda de vidas. Isto minou a credibilidade do regime qing e contribuiu para o surgimento de senhores da guerra locais. O Imperador Guangxu procurou lidar com a necessidade de modernizar o país por meio do Movimento de Auto-Fortalecimento. Entretanto, a partir de 1898, a Imperatriz regente Cixi manteve Guangxu preso sob a alegação de "deficiência mental", após um golpe militar por ela orquestrado com o apoio da facção conservadora, contrária às reformas. Guangxu faleceu um dia antes da imperatriz regente (segundo alguns, por ela envenenado). Os "novos exércitos" qings (treinados e equipados conforme o modelo ocidental) foram fragorosamente derrotados na Guerra Sino-Francesa (1883-1885) e na Guerra Sino-Japonesa (1894-1895).
No início do século XX, o Levante dos Boxers, um movimento conservador anti-imperialista que pretendia fazer o país regressar a um estilo de vida tradicional, ameaçou o norte da China. A imperatriz regente, provavelmente com o fito de garantir o seu controle sobre o governo, apoiou os boxers quando estes avançaram sobre Pequim. Em reação, a chamada Aliança dos Oito Estados invadiu a China. Composta de tropas britânicas, japonesas, russas, italianas, alemãs, francesas, norte-americanas e austro-húngaras, a aliança derrotou os boxers e exigiu mais concessões do governo qing.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_da_China (acessado em 23/08/2009)

Religião e Mitologia na Grécia Antiga II (A Guerra de Tróia)

O Cavalo de Tróia foi a artimanha encontrada pelos gregos para vencer a lendária guerra contra os troianos.

Uma guerra sob desconfiança. Essa seria a principal constatação a ser feita sobre a lendária (ou histórica) Guerra de Tróia. Ao longo de anos, diversos historiadores, arqueólogos e estudiosos discutem se o evento bélico narrado na obra clássica “Ilíada” foi um fato consumado ou conseqüência da imaginação e do pensamento religioso fortemente arraigado entre os gregos.

De acordo com as narrativas sobre esse evento, que contou com diversas obras, a Guerra de Tróia tem início com o casamento de Peleus e Tethis, deusa dos mares. A deusa da discórdia, Eris, não sendo convidada para o evento, resolveu lançar um desafio contra aqueles que estavam na festa. Chegando repentinamente à festa de casamento, Eris ofereceu uma maçã de ouro àquele deus que demonstrasse maior senso de justiça.

As deusas Hera, Afrodite e Atena tentaram possuir o valioso apetrecho. A disputa entre as deusas impeliu Zeus a convocar o príncipe troiano Paris, o mais belo dos homens, a julgar que mereceria o referido prêmio. Ansiosas pela conquista da maçã, as três deusas ofereceram uma oferta distinta à Paris. Atena lhe prometeu saúde; Hera lhe jurou poder, e Afrodite lhe prometeu o amor da mais bela mulher do mundo. Paris cedeu à oferta de Afrodite, que em troca lhe prometeu o amor de Helena, mulher do rei espartano Menelau.

Dessa forma, Paris organizou-se para ir em busca de sua prometida. Durante o trajeto rumo à Esparta, os profetas gêmeos Cassandra e Heleno tentaram persuadir Paris para que desistisse de tal empreitada. No entanto, Paris já estava obcecado pela mulher de Menenlau e, por isso, seguiu seu caminho em direção à Esparta. Chegando à cidade de Esparta, Menelau tratou Paris com todo o prestigio referente à sua posição.

No período de sua estadia, o rei Menelau teve que ausentar para acompanhar um funeral. Aproveitando da oportunidade, Paris capturou a rainha Helena e roubou parte das riquezas de Menelau. Chegando à Tróia, Paris organizou os preparativos para o seu casamento com Helena. Enfurecido, Menelau mobilizou todos os antigos pretendentes de Helena para que juntos recuperassem a honra do rei espartano. Entre os integrantes da tropa, destacava-se Agamenon, irmão de Menelau e rei de Micenas.

Diversos heróis gregos se reuniram na empreitada marítima, que partindo do porto de Áulis, atravessaria o mar Egeu com destino à Tróia. Muitos dos convocados resistiram ao chamado de Menelau, pois havia uma profecia que os invasores de Tróia ficariam presos na cidade por mais de vinte anos. Ulisses fingiu estar louco para não ir à guerra, no entanto – ao ver seu filho mais novo convocado – desfez a sua própria farsa.

Ao longo dos preparativos da força grega, Ulisses ficou sabendo que a esquadra não teria sucesso caso não recorresse ao apoio de Aquiles. Dessa maneira, Ulisses foi até a cidade de Ciros para tentar persuadir o bravo guerreiro a participar dos combates contra Tróia. Mesmo com os guerreiros reunidos, um novo problema veio a complicar a situação grega. A deusa Ártemis exigia que Agamenon sacrificasse sua filha Ifigênia, para que os ventos conduzissem os gregos à cidade de Tróia.

Durante os ataques contra os troianos, os gregos tiveram grandes dificuldades de organizar os combates. Agamenon e Aquiles entraram em desavença durante a partilha das riquezas obtidas com os conflitos. O desentendimento entre os guerreiros ameaçou seriamente a vitória dos gregos, que só voltaram a bater as tropas troianas quando Aquiles voltou ao combate.

Os conflitos com os troianos se alongaram durante muito tempo. Além disso, a cidade de Tróia, sendo uma região cercada por muralhas intransponíveis, resistia incólume às tentativas de invasão dos gregos. Visando dar um fim ao combate, o astuto Odisseu ordenou a construção de um enorme cavalo feito de madeira. Em seu interior, centenas de soldados ficariam à espreita.

As tropas marítimas gregas foram todas dispensadas, enquanto o cavalo “recheado” com os mais bravos guerreiros gregos seria posto nas portas da cidade de Tróia. Os troianos ao receberem o “presente de grego” e perceberem a partida dos navios, pensaram que a guerra tivesse sido ganha. Pensando que o cavalo fosse um presente dos deuses, os troianos receberam a construção de madeira para dentro da cidade e realizaram uma grande festividade.

No alto da noite, quando todos os troianos estavam bêbados e sonolentos, o grego Sinon (único guerreiro deixado para fora do cavalo de madeira) tratou de libertar os guerreiros escondidos. Aproveitando da situação, os guerreiros gregos finalmente conseguiram conquistar a cidade de Tróia. Menelau, que havia prometido matar Helena por ter se casado com Paris, não resistiu aos encantos de sua bela esposa e voltou atrás em sua decisão.


Por Rainer Sousa
Graduado em História
Equipe Brasil Escola

http://www.brasilescola.com/historiag/guerra-de-troia.htm (acessado em 23/08/2009)

Religião e mitologia na Grécia Antiga I

Os gregos praticavam um culto politeísta antropomórfico, em que os deuses poderiam se envolver em aventuras fantásticas, tendo, também, a participação de heróis (Hércules, Teseu, Perseu, Édipo) que eram considerados divinos. Não havia dogmas e os deuses possuíam tanto virtudes quanto defeitos, o que os assemelhava aos mortais no aspecto de personalidade. Para relatar os feitos dos deuses e dos heróis, os gregos criaram uma rica Mitologia.

Normalmente, as cerimônias públicas, mesmo de cunho político, eram antecedidas por práticas religiosas, o que reflete a importância da religião entre os gregos antigos. Mas essa religião foi superada pela Filosofia

Apesar da autonomia política das cidades-estados, os gregos estavam unificados em termos religiosos. Entre as divindades cultuadas estavam: Zeus (senhor dos deuses), Deméter (deusa da terra), Poseidon (deus do mar), Afrodite (deusa do amor), Apolo (deus da luz e das artes), Dionísio (deus do vinho), Atena (deusa da sabedoria), Artêmis (deusa da caça), Hermes (deus das comunicações), Hera (protetora das mulheres) e muitas outras.

Além dos grendes santuários como os de Delfos, Olímpia e Epidauro, os oráculos também recebiam grandes multidões, pois lá se acreditava receber mensagens diretamente dos deuses. Um exemplo claro estava no Oráculo de Delfos, onde uma pitonisa (sacerdotisa do templo de Apolo) entrava em transe e pronunciava palavras sem nexo que eram interpretadas pelos sacerdotes, revelando o futuro dos peregrinos

Mitologia grega é o estudo dos conjuntos de narrativas relacionadas aos mitos dos gregos antigos, de seus significados e da relação entre eles e os países ou povos — consideradas, com o advindo do Cristianismo, como meras ficções alegóricas.[1] Para muitos estudiosos modernos, entender os mitos gregos é o mesmo que lançar luz sobre a compreensão da sociedade grega antiga e seu comportamento, bem como suas práticas ritualísticas.[2] O mito grego explica as origens do mundo e os pormenores das vidas e aventuras de uma ampla variedade de deuses, deusas, heróis, heroínas e outras criaturas mitológicas.

Ao longo dos tempos, esses mitos foram expressos através de uma extensa coleção de narrativas que constituem a literatura grega e também na representação de outras artes, como a pintura da Grécia Antiga e a pintura vermelha em cerâmica grega.[3][4] Inicialmente divulgados em tradição oral-poética,[5] hoje esses mitos são tratados apenas como parte da literatura grega.[6] Essa literatura abrange as mais conhecidas fontes literárias da Grécia Antiga: os poemas épicos Ilíada e Odisséia (ambos atribuídos a Homero e que focam sobre os acontecimentos em torno da Guerra de Tróia, destacando a influência de deuses e de outros seres), e também a Teogonia e Os Trabalhos e os Dias, ambos produzidos por Hesíodo.[7] Os mitos também estão preservados nos Hinos homéricos, em fragmentos de poemas do Ciclo Épico, na poesia lírica, no âmbito dos trabalhos das tragédias do século V a.C., nos escritos de poetas e eruditos do Período Helenístico e em outros documentos de poetas do Império Romano, como Plutarco e Pausanias.[7] A principal fonte para a pesquisa de detalhes sobre a mitologia grega são as evidências arqueológicas que descobrem e descobriram decorações e outros artefatos, como desenhos geométricos em cerâmica, datados do século VIII a.C., que retratam cenas do ciclo troiano e das aventuras de Hércules.[7] Sucedendo os períodos Arcaico, Clássico e Helenístico, Homero e várias outras personalidades aparecem para completar as provas dessas existências literárias.[7]

A mitologia grega tem atribuído uma significante influência na cultura, nas artes e na literatura da civilização ocidental e ainda continua a fazer parte da herança e da linguagem do Ocidente.[8] Poetas e artistas — como também intelectuais, estudiosos e outros envolvidos com humanas — das épocas mais remotas até as mais presentes têm se adquirido das inspirações que a mitologia da Grécia antiga possuíam como método de descoberta das inúmeras relevâncias e significados que os temas mitológicos clássicos possuem com o seu contemporâneo.[9]

http://pt.wikipedia.org/wiki/Mitologia_Grega (acessado em 23/08/2009)

Comuna de Paris II

Herdeira das tradições revolucionárias francesas, a Comuna de Paris foi um governo popular organizado pelas massas parisienses em 18 de março de 1871, sendo fortemente marcado por diversas tendências ideológicas, populares e operárias. Tornou-se posteriormente, uma referência na história dos movimentos populares e revolucionários.

De acordo com o escritor Prosper-Olivier Lissagaray, um communard que se tornou historiador da Comuna, esta teria sido "uma revolução feita por homens comuns e que deu aos trabalhadores a consciência de sua força, sem que esses pudessem desenvolver suas idéias". que, em suma, visavam melhorar as condições de vida dos indivíduos que compunham aquela sociedade, tão marcada por conflitos políticos, econômicos e sociais.

Embora a Comuna não deva ser pensada como uma revolução socialista, é importante frisarmos que suas propostas traziam em si preocupações de caráter social. Priorizando, pois, tais preocupações, procuraremos em um segundo momento desta abordagem compreender o exemplo das propostas dos communards para educação, considerando-as como parte importante de um programa que visava, entre outras coisas, garantir a gratuidade de todos os serviços públicos para a população e sem nenhuma distinção.

A experiência da Comuna, todavia, duraria pouco tempo (72 dias). Sob as ordens de Adolphe Thiers as tropas militares entraram em Paris e sufocariam a Comuna com feroz violência. Cerca de 20 mil pessoas foram mortas em uma única semana – a Semana Sangrenta. Era, portanto, o fim da Comuna.

Sua lembrança, no entanto, ficará na memória. Um comovente texto escrito por Marx em 30 de maio de 1871, expressava o significado da Comuna: "Os trabalhadores de Paris, com sua comuna serão sempre considerados como gloriosos precursores de uma nova sociedade. A memória de seus mártires será cuidadosamente conservada no grande coração da classe trabalhadora. Ahistóriajá prendeu seus exterminadores nesse eterno pelourinho, de onde não conseguirão arrancá-los todas as orações de seus sacerdotes".


OS COMMUNARDS E A EDUCAÇÃO


A proposta de superação do Antigo Regime manifesta pela Revolução Francesa assentaria as bases para o desenvolvimento de uma educação pública e nacional. Com ela se estabeleceriam princípios que dariam a educação um caráter popular, convertendo-a em um direito a todos os homens e garantido pelo Estado.

Segundo a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão redigida em maio de 1793, "a instrução é necessidade de todos os homens e a sociedade a deve igualmente a todos os seus membros". Ao longo de sua história, porém, a França revolucionária tornar-se-ia cada vez mais moderada em relação a esses princípios que, na prática, não se estenderiam igualmente a todos os membros da sua sociedade.

Seria na expectativa de construir uma sociedade que atendesse as necessidades dos setores populares que a compunham, que a Comuna de Paris assentaria as bases de suas propostas. O resgate da antiga proposta revolucionária de um ensino público, gratuito, laico e obrigatório seria, portanto, devidamente retomado como uma das dimensões que atendessem as necessidades desses indivíduos.

A proposta dos communards para educação visava assim, modificar uma realidade que lhes era limitada, quando não excludente, a exemplo da educação feminina. Nesse sentido, a Comuna tomou um conjunto decisões e medidas que procuraram redefinir os objetivos educacionais e da escola, a saber: abertura de todas as instituições de ensino gratuitamente ao povo e emancipado da interferência da Igreja e do Estado; organização do ensino primário e profissional; busca pela integração entre educação e trabalho; administração gratuita pelos profissionais dos instrumentos de trabalho escolar; instrução para as mulheres.

Seria assim criada pelo delegado do Ensino, o communard Edward Vaillant, em 23 de abril de 1871, uma comissão com a finalidade de ajudar a Delegação de Ensino a organizar o ensino primário e profissional de um modo uniforme, além de transformar o ensino religioso em leigo. Não tardou muito para que em 6 de maio a primeira escola profissional fosse aberta no local anteriormente ocupado pelos jesuítas. A 24 de maio, uma comissão feminina foi instituída com a responsabilidade de organizar e cuidar do ensino destinado às mulheres.

A Delegação de Ensino ainda solicitaria em 17 de maio, informações às municipalidades distritais acerca dos locais e estabelecimentos adequados à pronta instituição de escolas profissionais. Estas deveriam instruir os alunos não só profissionalmente, mas também lhes oferecer uma instrução científica e literária.

O fim prematuro da comuna impediu que essas propostas fossem levadas a cabo. No entanto, o resgate de uma proposta preocupada em garantir a instrução como um direito de todos naquela sociedade é só um exemplo que a história nos mostra acerca da importância de repensarmos as falhas produzidas por uma sociedade ao longo de sua construção. A eficácia da proposta de uma educação igualitária a todos os homens é, até nossos dias, um problema a ser resolvido e um desafio a ser conquistado por muitas sociedades.

Bibliografia
LISSAGARAY, Hippolyte Prosper-Olivier. História da Comuna de 1871. São Paulo. Ensaio. 1991.

MARTINHO, F.C.P. Resistências ao capitalismo: plebeus operários e mulheres. In: Reis, Daniel; Ferreira, J. e Zenha Celeste (orgs). História do século XX. RJ: Record, 2003. 2ª ed., Vol.1.

BOITO, Armando Jr. (org.) A Comuna de Paris na História. SP: Xamâ. 2001.

COGGIOLA, Osvaldo. A Comuna de Paris, a escola e o ensino. IN,ORSO, P. J.; LERNER, F. ; BARSOTH,P. (orgs.), A Comuna de Paris de 1871: história e atualidade. Ed. Ícone, SP. 2002 – parte I I

DUNOIS, A. (et al). Textos, Documentos e uma análise sobre as repercussoes no Brasil. IN: A Comuna de Paris. Rio de Janeiro, Laemmert S.A, 1968 tradutor Octávio de Aguiar Abreu

http://www.historia.uff.br/nec/A%20COMUNA%20DE%20PARIS%20%20E%20%20O%20SIMBOLISMO%20DO%20PRIMEIRO%20DE%20MAIO.htm (acessado em 23/08/2009)

Comuna de Paris I

A população francesa já havia enfrentado, após a Revolução, uma grande revolta em 1848, responsável por destituir o rei-cidadão Luís Filipe d'Orleans. Após a formação de uma segunda república e o golpe de Napoleão III, a França ainda se envolveu em atritos constantes com a Alemanha, relacionados à sucessão espanhola. (veja Guerra Franco-Prussiana). Com um telegrama falsificado por Otto Von Bismarck, extremamente ofensivo ao povo francês. Napoleão III declara guerra.
O exército alemão no entanto estava mais bem preparado, e vence facilmente os franceses. O imperador francês é feito prisioneiro em Sedan ao que se declara novamente a república na capital francesa e se legitima um Governo Provisório de Defesa Nacional para o qual Louis Adolphe Thiers se elege como novo presidente.

O armistício e a Comuna

Wilhelm I foi coroado Imperador da Alemanha no Palácio de Versalhes. Bismarck ao centro, de branco.O Governo Provisório, com sede no Hôtel de Ville, iniciou um processo de capitulação da França entregando a maior parte de seu exército permanente bem como suas armas a contragosto da população parisiense. O único contingente agora armado era a Guarda Nacional formado em sua maior parte por operários e alguns membros da pequena burguesia.
Convictos na resistência ao exército estrangeiro a Guarda Nacional assaltou o Hotel de Ville e expulsou os membros da assembleia que se instalariam em Versalhes. A administração pública de Paris agora se encontrava nas mãos do Comitê Central da Guarda Nacional que manteria conversações com Versalhes até 18 de março, quando Thiers manda desarmar a Guarda Nacional numa operação sigilosa durante a madrugada daquele dia. Pegos de surpresa, a população parisiense expulsa o contingente de Thiers dando início à independência política de Paris frente à Assembléia de Versalhes culminando com a eleição e a declaração da Comuna em 26 e 28 de março.
Apesar da evidente disposição do povo parisiense em resistir, a Assembleia de Versalhes acabou assinando a paz com os alemães. Num episódio humilhante, Wilhelm I, o soberano alemão, foi coroado imperador do Segundo Reich na sala dos espelhos do Palácio de Versalhes.

Realizações da Comuna

A Comuna de Paris DECRETA: O alistamento obrigatório é abolido; a guarda nacional é a única força militar permitida em Paris; todos os cidadãos válidos fazem parte da guarda nacional.
Destruição da Coluna Vendôme pelos Communards
Por sugestão do revolucionário Gustave Courbet as pedras da coluna decaída seriam utilizadas para a reconstrução do hotel de la Monnaie, que a época servia de abrigo para inválidos.
Ferramentas penhoradas são devolvidas aos operários durante o cerco à ComunaO governo revolucionário foi formado por uma federação de representantes de bairro (a guarda nacional, uma milícia formada por cidadãos comuns). Uma das suas primeiras proclamações foi a "abolição do sistema da escravidão do salário de uma vez por todas". A guarda nacional se misturou aos soldados franceses, que se amotinaram e massacraram seus comandantes. O governo oficial, que ainda existia, fugiu, junto com suas tropas leais, e Paris ficou sem autoridade. O Comitê Central da federação dos bairros ocupou este vácuo, e se instalou na prefeitura. O comitê era formado por Blanquistas, membros da Associação Internacional dos Trabalhadores, Proudhonistas e uma miscelânea de indivíduos não-afiliados politicamente, a maioria trabalhadores braçais, escritores e artistas.
Eleições foram realizadas, mas obedecendo à lógica da democracia direta em todos os níveis da administração pública. A polícia foi abolida e substituída pela guarda nacional. A educação foi secularizada, a previdência social foi instituída, uma comissão de inquérito sobre o governo anterior foi formada, e se decidiu por trabalhar no sentido da abolição da escravidão do salário. Noventa representantes foram eleitos, mas apenas 25 eram trabalhadores, e a maioria foi constituída de pequenos-burgueses. Entretanto, os revolucionários eram maioria. Em semanas, a recém nomeada Comuna de Paris introduziu mais reformas do que todos os governos nos dois séculos anteriores combinados:

O trabalho noturno foi abolido;
Oficinas que estavam fechadas foram reabertas para que cooperativas fossem instaladas;
Residências vazias foram desapropriadas e ocupadas;
Em cada residência oficial foi instalado um comitê para organizar a ocupação de moradias;
Todas os descontos em salário foram abolidos;
A jornada de trabalho foi reduzida, e chegou-se a propor a jornada de oito horas;
Os sindicatos foram legalizados;
Instituiu-se a igualdade entre os sexos;
Projetou-se a autogestão das fábricas (mas não foi possível implantá-la);
O monopólio da lei pelos advogados, o juramento judicial e os honorários foram abolidos;
Testamentos, adoções e a contratação de advogados se tornaram gratuitos;
O casamento se tornou gratuito e simplificado;
A pena de morte foi abolida;
O cargo de juiz se tornou eletivo;
O calendário revolucionário foi novamente adotado;
O Estado e a Igreja foram separados; a Igreja deixou de ser subvencionada pelo Estado e os espólios sem herdeiros passaram a ser confiscados pelo Estado;
A educação se tornou gratuita, secular, e compulsória. Escolas noturnas foram criadas e todas as escolas passaram a ser de sexo misto;
Imagens santas foram derretidas e sociedades de discussão foram adotadas nas Igrejas;
A Igreja de Brea, erguida em memória de um dos homens envolvidos na repressão da Revolução de 1848 foi demolida. O confessionário de Luís XVI e a coluna Vendome também;
A Bandeira Vermelha foi adotada como símbolo da Unidade Federal da Humanidade;
O internacionalismo foi posto em prática: o fato de ser estrangeiro se tornou irrelevante. Os integrantes da Comuna incluíam belgas, italianos, poloneses, húngaros;
Instituiu-se um escritório central de imprensa;
Emitiu-se um apelo à Associação Internacional dos Trabalhadores;
O serviço militar obrigatório e o exército regular foram abolidos;
Todas as finanças foram reorganizadas, incluindo os correios, a assistência pública e os telégrafos;
Havia um plano para a rotação de trabalhadores;
Considerou-se instituir uma Escola Nacional de Serviço Público, da qual a atual ENA francesa é uma cópia;
Os artistas passaram a autogestionar os teatros e editoras;
O salário dos professores foi duplicado.

A semana sangrenta

Cadáveres de communardsO governo oficial, agora instalado em Versalhes e sob o comando de Thiers, fez a paz com a Alemanha para que tivesse tempo de esmagar a Comuna de Paris. A Alemanha libertou prisioneiros de guerra para compor as forças que o exército francês usaria contra a Comuna. Esta, perdeu terreno rapidamente, pois possuía menos de 15 mil milicianos defendendo a cidade contra 100 mil soldados de Versalhes. Durante a lenta derrota, os revolucionários atearam fogo aos símbolos do Império francês - os prédios administrativos, o palácio do governo - e executaram seus reféns, compostos em sua maioria por clérigos, policiais e juízes. A defesa também sofreu pela incompetência militar dos representantes escolhidos para organizá-la. Ao todo, a Comuna executou 100 pessoas e matou 900 na defesa de Paris. As tropas de Thiers, por outro lado, mataram de 50 a 80 mil parisienses, tanto nos combates quanto nas execuções sumárias que se seguiram. 40 mil pessoas foram presas, e muitas pessoas foram executadas por terem sido confundidas com membros da Comuna. As execuções só pararam por medo de que a quantidade imensa de cadáveres pudesse causar uma epidemia de doenças. Vista pela esquerda a Comuna foi a primeira experiência moderna de um governo realmente popular. Um extraordinário acontecimento histórico resultante da iniciativa de grupos revolucionários e do espontaneísmo político das massas, em meio à circunstâncias dramáticas de uma guerra perdida (Franco-Prussiana) e de uma guerra civil em curso.

Bibliografia sobre o tema
GURVITCH, Georges. Proudhon e Marx. Ed. Presença - Portugal, Martins Fontes - Brasil,1980.
LIGASSARAY, Proper Olivier. História da Comuna de 1871. São Paulo: Ensaio, 1991.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Comuna_de_Paris (acessado em 23/08/2009)

Unificação Alemã II

Depois da queda de Napoleão, o processo de reorganização das monarquias européias deu origem à formação da Confederação Alemã. Tal confederação consistia em uma região formada por 38 Estados independentes comprometidos a defenderem a soberania das monarquias dos estados participantes. Dentro desse aglomerado de monarquias, Áustria e Prússia sobressaiam-se enquanto as mais influentes nações da Confederação.

Por um lado, os austríacos tinham seu desenvolvimento econômico sustentado pelo seu forte setor agrícola. De outro, a Prússia via no processo de unificação política dos estados confederados um importante passo para o desenvolvimento econômico daquela região. Buscando efetivar seu interesse, a Prússia criou uma zona aduana chamada de Zollverein, que aboliu as taxas alfandegárias entre as monarquias envolvidas no acordo.

Alheia a esse processo de industrialização e unificação, a Áustria foi excluída do acordo. Prestigiado com o cargo de primeiro-ministro da Prússia, o chanceler Otto Von Bismarck tomou a missão de promover o processo de unificação alemã. Em 1864, entrou em guerra contra a Dinamarca e assim conquistou territórios perdidos durante o Congresso de Viena.

No ano de 1866, Bismarck entrou em conflito com a Áustria e, durante a Guerra das Sete Semanas, conseguiu dar um importante passo para a unificação com a criação da Confederação Alemã do Norte. Com isso, a Prússia passou a deter maior influência política entre os estados germânicos, isolando a Áustria. Com a deflagração de um desgaste político entre a França e a Prússia, o governo de Bismarck tinha em mãos a última manobra que consolidou o triunfo unificador.

Com a vitória na Guerra Franco-Prussiana, em 1870, a Prússia conseguiu unificar a Alemanha. O rei Guilherme I foi coroado como kaiser (imperador) da Alemanha e considerado o líder máximo do II Reich Alemão. Conquistando na mesma guerra as regiões da Alsácia e da Lorena, ricas produtoras de minério, o império alemão viveu a rápida ascensão de sua economia.

O processo de unificação da Alemanha, junto com o italiano, simbolizou um período de acirramento das disputas entre as economias européias. A partir do estabelecimento dessas novas potências econômicas, observamos uma tensão política gerada pelas disputas imperialistas responsáveis pela montagem do delicado cenário preparatório da Primeira e da Segunda Guerra Mundial.

http://www.brasilescola.com/historiag/unificacao-alemanha.htm (acessado em 23/08/2009)

Unificação Alemã

Antecedentes

Em meados do século XIX, o espaço territorial germânico era constituído por diferentes reinos, ducados e cidades livres, que apenas tinham em comum a mesma língua (o alemão) e a mesma base cultural. Nele, a hegemonia política era disputada pelas suas duas principais potências: a Áustria dos Habsburgos, que dominava a Dieta (o Parlamento da Confederação Germânica) e a Prússia, governada pelos Hohenzollern. No plano econômico, o território germânico ainda vivia, em linhas gerais, numa estrutura feudal, em plena Idade Contemporânea; a exceção era a Prússia, mais industrializada, com maior poder económico, que desde 1834 implantara o "Zollverein", uma aliança aduaneira entre os Estados da Liga Alemã.

Desde o início do século XIX que o desejo da unidade nacional podia ser notado, principalmente nos meios acadêmicos e literários. Como exemplo, Freiherr vom Stein, na Prússia tentou implantar um programa político inspirado nessa pretensão, porém acabou sendo afastado em 1808. Após isso a Áustria reimplantou sua influência, e o nacionalismo alemão ficou inoperante até 1848, quando ocorreram diversas revoluções por toda a Europa, a chamada "Primavera dos Povos".

A Revolução de 1848 nos Estados Alemães

Revolta de 19 de Março de 1848 em Berlim.A partir do movimento de Fevereiro de 1848, na França, que conduziu à abdicação de Luís Filipe I de França, nos meses seguintes diversos Estados alemães também se revoltaram, registrando-se manifestações populares e um movimento a favor de um parlamento nacional eleito pelo povo, que elaborasse uma nova constituição para uma Alemanha unificada.
No Império Austríaco, constituído pela Áustria e pelos reinos da Hungria, da Boémia, Lombardo-Vêneto e da Galiza (sul da atual Polónia), registravam-se tendências separatistas entre as diversas minorias étnicas, que haviam sido arbitrariamente reunidas sob a Coroa Austríaca pelo Congresso de Viena (1815). Submetidas a um regime político absolutista, personificado pelo primeiro-ministro von Metternich, a Áustria-Hungria era uma região economicamente atrasada, onde no campo persistiam os laços de servidão, e nos centros urbanos, uma alta burguesia pouco numerosa controlava as atividades económicas, sujeitando a pequena burguesia, os artesãos e os operários.
Em Março de 1848, assim que as notícias do levante de Fevereiro em Paris tornaram-se conhecidas em Viena, a burguesia liberal uniu-se à pequena burguesia e ao operariado, promovendo manifestações de rua para reivindicar a ampliação do direito de voto e a destituição de Metternich. Diante da radicalização do movimento, Metternich fugiu para a Inglaterra e o imperador Fernando I outorgou uma Constituição, com a qual esperava esvaziar a revolta. Entretanto, um novo levante em Maio obrigou-o a convocar uma Assembleia Nacional, eleita por sufrágio universal masculino.
Poucos dias após a insurreição em Viena, burgueses e operários de Berlim ergueram barricadas nas ruas, entrando em choque com as tropas do rei Frederico Guilherme IV da Prússia, que também foi obrigado a autorizar a convocação de uma Assembleia Constituinte.
Ao mesmo tempo, ainda em Maio de 1848, uma Assembleia composta por deputados eleitos por todo o território germânico - o Deutscher Bund - se reuniu em Frankfurt-am-Main para a elaboração da nova constituição alemã. Nela, distinguiam-se dois grupos de deputados: os Grossdeutsche e os Kleindeutsche. Os deputados do primeiro grupo defendiam uma Alemanha incluindo a Áustria, estendendo-se do mar Báltico, ao norte, até ao Adriático, ao sul. Já o segundo grupo defendia uma Alemanha sob liderança dos prussianos, excluindo assim a Áustria. A solução encontrada para o impasse foi a de um Estado governado pelos Hohenzollern. A Coroa da nova Alemanha foi oferecida ao rei da Prússia, Frederico Guilherme IV, que recusou-a e também não aceitou a Constituição de Frankfurt. Esta atitude foi repetida pelo governo da Áustria e dos outros Estados alemães. O povo alemão, embora quisesse ver a nova Constituição aprovada, não estava totalmente satisfeito com ela, pois o poder ainda continuaria na mão dos antigos líderes. Deste modo, a revolução ficou enfraquecida, a Assembleia foi dissolvida e a restauração conservadora se completou, acabando, por algum tempo, com o sonho de uma Alemanha unificada.
Em Viena, constatando que não conseguia mais controlar o povo, a burguesia voltou atrás em seu apoio à revolução, optando por sujeitar-se a um governo fortemente centralizado a colocar em risco a sua posição económica. Com a união da burguesia à aristocracia, o exército retomou a cidade, conseguindo sufocar a rebelião em Outubro. O novo primeiro-ministro, Schwarzenberg, dissolveu a Assembleia Constituinte, forçando o imperador Fernando I a abdicar em favor de seu sobrinho Francisco José, que restaurou o Absolutismo.
Nas demais regiões do Império, as minorias nacionais, encorajadas pelos levantes de Viena e Berlim, mobilizaram-se pela independência. Na Boémia (atual República Checa), em Abril de 1848, foi convocado um Parlamento independente como primeiro passo para a formação de uma Assembleia Constituinte. Na Hungria, o advogado Lajos Kossuth, líder do movimento autonomista, proclamou a República, em Abril de 1849. Mas todas essas rebeliões foram sufocadas pelo exército austríaco que, no caso da Hungria, recorreu à ajuda das tropas do czar Nicolau I da Rússia.
As Revoluções de 1848 na região, mesmo sem sucesso, permitiram mostrar o caminho a ser seguido: um processo de unificação liderado pela Prússia, mas não pelos meios revolucionários, e sim pela Casa dos Hohenzollern.

A Unificação Alemã: a Prússia de Bismarck

Otto von Bismarck o "Chanceler de Ferro" (1815-1898), responsável pela unificação do território alemão.
O fracasso da Revolução de 1848, de intuitos unificadores, implicou a continuidade da fragmentação da Alemanha. Na década de 1850, os grandes senhores da Prússia, detentores do poder político, mantinham os seus privilégios - o monarca, receando uma nova revolução, resolveu manter a Constituição onde esses privilégios eram consagrados.
A partir de 1848, o ritmo de desenvolvimento do setor industrial e das cidades foi bastante acelerado e apenas a divisão política travava o progresso do capitalismo. Tornava-se indispensável a unificação da Alemanha para prosseguir o projeto econômico germânico.
A liderança da unificação alemã ficou com a Prússia, pois este era o Estado alemão mais industrializado e com grande importância política na Europa. Era também a maior potência militar entre os estados alemães. Seu desejo expansionista vinha de algumas décadas, de quando desejava unificar seus territórios ocidental e oriental. Para este fim, foi criado o Zollverein, uma união aduaneira e alfandegária nos Estados da Liga Alemã, em 1834. A criação do Zollverein proporcionou à região um grande crescimento industrial e integração dos Estados, principalmente com o desenvolvimento de uma rede ferroviária interligando as diversas regiões do território germânico;
Bismarck, Roon e Moltke.Por volta de 1850, a Prússia já superava economicamente a Áustria, mas a liderança política veio apenas em 1862, quando começou a governar a Prússia o rei Guilherme I, um apaixonado pelas questões militares, que fez uma reforma em suas forças armadas. Convocou, para auxiliá-lo, Moltke, chefe de Estado-Maior, e Roon, como ministro da Guerra. O exército da Prússia logo se transformou no melhor da Europa.
Otto von Bismarck - que tinha ocupado, entre outros cargos, o de embaixador na Rússia e na França - foi nomeado chanceler (primeiro-ministro). Membro da aristocracia alemã e também favorável a uma monarquia centralizada, Bismarck realizou uma política de aliança dos junkers (grandes proprietários e aristocratas) com a alta burguesia, e através dela resolveu fortalecer o Zollverein, intensificando a integração dos Estados alemães além de modernizar o exército, sendo isso de grande importância para as batalhas que aconteceriam nos anos seguintes. Para levar a cabo a reforma militar, Bismarck prescindiu no Parlamento: "Os problemas de hoje não se decidem com discurso, nem tampouco com o voto das maiorias. Esse foi o grande erro de 1848 e 1849. Decidem-se com ferro e sangue".
Utilizando-se da estratégia de exaltação do espírito nacionalista, criou uma política de guerras contra inimigos externos e contra a ocupação das regiões alemãs, o que auxiliou na expansão do território prussiano e, posteriormente, germânico. Em um período de sete anos (1864 - 1871), três guerras de destaque foram decisivas para a unificação dos Estados germânicos: A Guerra dos Ducados (1864), a Guerra Austro-Prussiana (1866) e a Guerra Franco-Prussiana (1870-1871).

A Guerra dos Ducados (1864), contra a Dinamarca

Em 1864 a Prússia juntou-se a Áustria em uma guerra contra a Dinamarca pelo domínio dos ducados de Schleswig e Holstein. O confronto ficou conhecido como Guerra dos Ducados' e ao seu final, Prússia e Áustria, vitoriosas, dividiram a administração dos ducados através da Convenção de Gastein, em 1865. A Áustria, porém, tentou implantar uma política única ao condado de Holstein, privando assim a Prússia de direitos assegurados em outros acordos. Restou a Bismarck entrar em guerra contra a Áustria em 1866.

A Guerra Austro-Prussiana (1866)

Em 1866, a Prússia, com o auxilio da Itália[1], também sob processo de unificação nacional, entrou em Guerra contra a Áustria. A vitória prussiana veio após a Batalha de Königgrätz, em Sadowa (3 de Julho de 1866). No dia 23 de Agosto de 1866, foi firmado o acordo de paz em Praga. Com a vitória a Prússia expulsou a Áustria da Alemanha.
No ano seguinte, Bismarck dividiu a Confederação em dois grupos de Estados; a Confederação do Norte e a do Sul, tendo como limite o rio Main. A Confederação da Alemanha do Norte, logicamente, ficou sob seu controle, com os países (principados e cidades livres), luteranos, que a apoiaram na Guerra Austro-Prussiana. Os quatro Estados que formavam a Confederação do Sul, majoritariamente católicos, não conseguiram se consolidar em uma unidade. Estes Estados viriam a negociar um pacto com a Confederação da Alemanha do Norte, segundo o qual, em caso de guerra com a França, o rei da Prússia tornar-se-ia general dos exércitos germânicos. A Confederação do Norte é a antecessora do posterior Império Alemão, que precisava de muito pouco para se concretizar: a guerra contra a França.

A Guerra Franco-Prussiana (1870-1871)

Napoleão III e Bismarck após a Batalha de Sedan.Apesar de a Áustria ter sido derrotada pela Prússia, o sul da Alemanha era constituído por democratas e aspiravam a uma Alemanha liberal, se opondo à união com a Prússia de Bismarck, que era um Estado militarista. Visando eliminar este entrave à unificação do norte com o sul, Bismarck necessitava de um inimigo comum que uniria, e possibilitaria a futura unificação; e este inimigo mais adiante seria a França de Napoleão III. Desde os tempos das guerras napoleônicas (de Napoleão I, derrotado em 18 de junho de 1815), os prussianos não simpatizavam com a França, e os professores prussianos repassavam este sentimento aos seus alunos em relação à nação francesa. Daí, Bismarck afirmar que foi o mestre-escola quem ganhou a guerra franco-prussiana, logo após a derrota da França na guerra contra a Prússia.


Pretexto da Guerra Franco-Prussiana (1870-1871)

A Espanha, que estava sem rei desde 1868, ofereceu através de seu parlamento a Coroa ao príncipe Leopoldo de Hohenzollern-Sigmaringen, parente afastado do rei da Prússia (também da Casa dos Hohenzollern). Tal fato era inaceitável pela Europa anti-prussiana que contava também com a França. O ministro do exército francês proferiu um discurso indignado e belicoso contra a Prússia, o que gerou sentimentos anti-franceses no sul da Alemanha. Bismarck aproveitou-se da ideia de guerra entre os dois países, pois estava interessado em territórios franceses e sabia que conseguiria apoio no sul da Alemanha, o que seria decisivo para seus planos de unificação alemã.
Ele também sabia da superioridade de seu poderio militar sobre o medíocre exército francês. Todavia antes do conflito começar, Napoleão III temendo a expansão prussiana, protesta e exige do rei da Prússia a renúncia do príncipe Leopoldo, que desiste de disputar o trono espanhol.
Napoleão III ainda não satisfeito, e querendo agradar à opinião pública francesa, exige novas garantias de que jamais um membro de sua família ocuparia o trono espanhol.
Apesar de Guilherme I aceitar todas as condições impostas pelo imperador francês, este último insistia que o rei deveria dar estas garantias e negociar pessoalmente ao embaixador Benedetti da França. O rei prussiano que anteriormente atendera a todas as reivindicações de Napoleão III refutou (recusou) ter que negociar e dar novas garantias ao embaixador francês, Benedetti.
Em Paris, a atitude do rei prussiano foi tida como uma ofensa ao orgulho nacional da França e ao povo francês - este foi o motivo da França de Napoleão III declarar guerra à Prússia.
Finalmente França e Prússia entraram em guerra em 1870 e, logo a Prússia mostrou-se preparada o suficiente para encurralar a França em seu próprio território. Os franceses perderam em todas as frentes. O forte exército prussiano acumulava vitórias, como sucedeu na esmagadora vitória na batalha de Sedan (1 de Setembro de 1870) na qual o próprio imperador francês foi feito prisioneiro. No dia 2 de setembro de 1870 conclui-se a batalha de Sedan, onde a cavalaria francesa resistiu bastante, a ponto do rei Guilherme I da Prússia admirar a bravura com que estes lutaram.
Porém, Napoleão III viu que era inútil sacrificar vários soldados seus, e manda hastear a bandeira branca, e entrega sua espada, ficando prisioneiro do rei prussiano. Dois dias depois, a república seria proclamada em Paris.
No dia 20 desse mês, os prussianos cercavam Paris. Perante esta situação, o governo de Defesa Nacional (republicano, em funções desde 4 de Setembro, altura em que depusera Napoleão III) assinou a rendição. Na paz de Frankfurt (10 de Maio de 1871) a França, para além de pagar uma pesada indenização de 5 bilhões (ou 5 mil milhões em Português europeu) de francos para a Prússia, entregava o rico território da Alsácia-Lorena, de maioria germânica e rica em carvão, para o novo Império Alemão.
A vitória em Sedan estimulou o nacionalismo no sul da Alemanha e os Estados germânicos ao sul do rio Main (Hesse, Baden, Baviera e Würtemberg) entraram na Confederação. A esses Estados, porém, foram garantidas certas autonomias, como, por exemplo, exército próprio em tempo de paz.
Com a integração desses Estados ao novo Reich (II Reich; pois o I Reich ou Sacro Império Romano-Germânico, foi fundado por Carlos Magno, rei franco, sucedido mais adiante por Oto I o Grande), completou-se a última etapa para a unificação alemã.


Motivos da derrota francesa na Guerra Franco-Prussiana

A derrota da França comandada pelo general francês Mac-Mahon se deu por ser o exército prussiano maior e estar mais bem organizado para a guerra. Enquanto os canhões franceses eram carregados pela boca, os da Prússia tinham os famosos Krupp, de aço, carregados pela culatra, o que possibilitava tiro mais rápido.
Paris resistiu o quanto pôde aos prussianos, mas capitulou após quatro meses, por causa da fome.

A Coroação de Guilherme II: O Segundo Reich

Proclamação do Segundo Império Alemão. Bismarck está de branco, ao centro.
Os Estados Germânicos unificados, formando o Segundo Reich (1871-1919).Com todas as etapas completadas, a unificação alemã se consolidou em Janeiro de 1871 com a proclamação de Guilherme I como o primeiro Kaiser (Imperador) do Império Alemão, formando assim o Segundo Reich alemão. A coroação de Guilherme I aconteceu no Palácio de Versalhes (18 de Abril de 1871), para humilhação dos franceses, vencidos na guerra Franco-Prussiana. Isso apenas intensificou o revanchismo francês. Bismarck também foi nomeado como o primeiro chanceler da Alemanha, ficando no cargo de 1871 a 1890.
Após a unificação, o governo alemão manteve características autoritárias, sem incorporar o liberalismo democrático. Apesar disso, a Alemanha cresceu rapidamente, logo superando a Inglaterra na produção de aço, tornando-se uma das maiores potências europeias. O Segundo Reich durou até 1919, após a Primeira Guerra Mundial, quando foi substituído pela República de Weimar. Durante toda a sua existência (1871 - 1919), o Segundo Reich foi governado pela dinastia prussiana dos Hohenzollern.

Consequências da Unificação Alemã

A bandeira do Segundo Reich, símbolo da unificação alemãA unificação dos Estados germânicos foi um evento que gerou inúmeras consequências, imediatas ou posteriores, em toda a Europa e que foram responsáveis pela instabilidade no território europeu até a metade do século XX.
É possível dizer que a unificação alemã foi um dos principais motivos para o estouro da Primeira Guerra Mundial. A unificação da região de Alsácia-Lorena ao Segundo Reich Alemão gerou o revanchismo francês. Os franceses inconformados com a situação e com a humilhação provocada pelos alemães (como na coroação de Guilherme I no próprio Palácio de Versalhes, em território francês) mantiveram um sentimento de revanche que foi decisivo na política de alianças dos países europeus até quando eclodiu o conflito em 1914. Outro fator de influência para o surgimento do conflito foi a batalha dos países europeus por territórios na África e Ásia, no período conhecido como neocolonialismo. Os alemães, recém unificados, exigiam uma redivisão colonial nos continentes (ver Império colonial alemão), o que aumentou a tensão entre as potências.

Notas e referências
↑ No processo simultâneo, unificação italiana, em 1866, a Itália alia-se à Prússia – contra a Áustria. Os italianos são vencidos em Custozza, mas os prussianos aniquilam os austríacos em Sadowa. No fim desta guerra (chamada “Guerra das Sete Semanas”), a Itália adquire Veneza.

Bibliografia
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ZAMBELLI, Rosa Luiza. História Geral (2002)
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ALVES, Antônio. História B Padrão Contato de Ensino. 2.ed. Recife: Liber Gráfica e Editora Ltda, 1982.
HERMIDA, Antônio José Borges. História Geral para os cursos de grau médio. 35274.ed. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1964.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Unifica%C3%A7%C3%A3o_Alem%C3%A3 (acessado em 23/08/2009)